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51,7% dos baianos trabalham na informalidade, aponta IBGE

3,2 milhões são trabalhadores informais

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 22 de novembro de 2024 às 18:54

Avenida Sete de Setembro fluiu com tranquilidade
Avenida Sete de Setembro  Crédito: Arisson Marinho/ CORREIO

Entre julho e setembro deste ano, 3,2 milhões (ou 51,7%) de pessoas trabalhavam como informais na Bahia, o que representa um aumento de 7,7% em comparação ao 2º trimestre de 2024, quando o número foi de 3,04 milhões (49,4%).

O aumento de trabalhadores informais puxou o crescimento da população ocupada no 3º semestre frente ao anterior, com destaque para trabalhadores por conta própria sem CNPJ e empregados no setor privado sem carteira assinada.

Do 2º para o 3º trimestre, na Bahia, o total de trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) passou de 1,318 milhão para 1,421 milhão, o que representou mais 103 mil pessoas trabalhando nessa condição, em três meses (+7,8%).

O contingente ainda era, porém, 4,0% menor do que o verificado no 3º trimestre de 2023, quando havia 1,480 milhão de contas-próprias sem CNPJ no estado.

Já o número de empregados sem carteira de trabalho aumentou 5,8% entre o 2º e o 3º trimestres, de 1,254 milhão para 1,327 milhão, o que representou mais 73 mil pessoas no período e levou esse grupo ao seu maior tamanho nos 12 anos de série histórica da PNAD Contínua (desde 2012).

Outro grupo de informais que cresceu do 2º para o 3º trimestre foi o de empregados domésticos sem carteira assinada, de 297 mil para 343 mil pessoas, num aumento de 15,5% ou mais 46 mil pessoas trabalhando dessa forma, na Bahia.

Por outro lado, o número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada voltou a cair no 3º trimestre, frente ao trimestre anterior, depois de dois aumentos consecutivos nessa comparação. Ficou em 1,713 milhão, 1,3% menor do que no 2º trimestre, o que representou menos 23 mil pessoas nessa condição, em três meses.

São considerados informais os empregados no setor privado e domésticos que não têm carteira assinada, os trabalhadores por conta própria ou empregadores sem CNPJ e as pessoas que trabalham como auxiliares em algum negócio familiar.