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40% dos aprovados em concurso da Polícia Civil da Bahia pedem para sair

Estado ocupa a penúltima colocação no ranking referente à remuneração da categoria no país

  • Foto do(a) author(a) Bruno Wendel
  • Bruno Wendel

Publicado em 14 de outubro de 2024 às 09:00

pOLÍCIA
Polícia Civil tem o segundo pior do país   Crédito: Ascom I PCBA

Nos últimos concursos, cerca de 30 a 40% dos recém-aprovados pediram para sair da Polícia Civil da Bahia. O percentual foi revelado pelo próprio secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, em uma reunião recente com os sindicatos de classe. O motivo? O estado tem o 2º pior salário da categoria, ficando na 26ª posição entre as 27 capitais do país. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) contestou as informações (leia mais abaixo). 

Um agente entra com R$ 5.958,01. Daqui a 30 anos, receberá R$ 7.887,75, segundo a Confederação Nacional dos Policiais Civis do Brasil. Já o Amazonas, um servidor entra com R$ 12.948,78 e, com o tempo, receberá R$ 19.677,12. No último dia 4, sete investigadores e um perito pediram a exoneração. Fontes disseram que eles optaram por outros concursos.

E a evasão traz outro problema. Antes da posse, os aprovados passam quatro meses na academia de polícia, onde o Estado paga o salário dos professores, compra armamentos e fornece bolsa-auxílio. Ou seja, investimento que vai para o ralo. A valorização não é uma escolha e sim uma necessidade para manter a instituição forte e capaz.

Em nota, a SSP afirmou que os dados apresentados estão distorcidos. Leia na íntegra: 

"É inverídica a informação veiculada pelo Jornal Correio de que 40% dos aprovados em concursos da Polícia Civil da Bahia nos últimos anos tenham pedido desligamento da instituição. Diferente do que afirma o veículo de comunicação, com base em dados da Secretaria Estadual de Administração e da Polícia Civil da Bahia, nos últimos cinco anos houve 113 pedidos de desligamento de policiais civis, de um contingente de cerca de 5,8 mil servidores. Também não é verdade, como afirma o jornal, que o secretário estadual da Segurança Pública, Marcelo Werner, teria afirmado o percentual durante uma reunião com os sindicatos de classe. Considerando que o último concurso foi realizado em 2022, dos 957 aprovados, apenas 37 pediram exoneração, o que representa 3,87% do total de ingressos. A matéria, portanto, distorce os fatos, ignorando os números concretos que mostram que a instituição mantém uma taxa de retenção estável" 

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