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Portal Edicase
Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 15:25
O sofá pode ser considerado o coração da casa. É o lugar em que nos refugiamos após longos dias de trabalho e onde, na maioria das vezes, recebemos familiares e amigos. Por isso, sua escolha deve ser feita com cuidado e discernimento, pois ele não só precisa se integrar à decoração do ambiente, mas também expressar a identidade visual dos moradores.
Para a definição de um sofá, geralmente a atenção está voltada para a cor, tamanho e aparência, mas outros fatores devem ser levados em conta dentro do projeto de arquitetura de interiores. Qual ambiente que o móvel vai compor: sala de estar, varanda ou home theater?
Cada cômodo tem suas particularidades e, por isso, ele deve atender a finalidade esperada – além, é claro, de não ‘brigar’ com o décor e contribuir com a harmonia do layout. “Nessas questões que atribuímos, não podemos desconsiderar o conforto e a durabilidade”, enfatiza a arquiteta Danyela Corrêa, à frente do escritório que leva seu nome. “Em uma sala de TV, ele precisa ‘acolher’ os moradores. O propósito aqui é relaxar completamente”, explica.
A profissional também aborda as questões práticas que interferem na decisão: antes de iniciar a busca pelo sofá, ela avalia as dimensões do ambiente para entender qual será o melhor posicionamento, que por sua vez leva em conta a interação com os outros elementos e as circulações mínimas para a movimentação das pessoas. “A proporcionalidade dita a sequência dos fatores que nos auxiliam a ter certeza sobre a peça ideal”, considera.
A indústria moveleira conta com diferentes designs que se adequam às diferentes situações, gostos e as necessidades nos projetos de interiores. “Essas perspectivas são excelentes e, dentre elas, sempre encontramos o sofá para o que realmente precisamos”, diz a arquiteta. A seguir, veja os principais tipos de sofás apontados por ela!
Também conhecido pelo formato em ‘L’, seu ângulo de 90 graus permite preencher os cantos das salas, otimizar e delimitar os espaços dentro da proposta de integração de ambientes. E, ao contrário do que muitos pensam, o móvel cumpre sua função tanto em plantas baixas grandes quanto pequenas. “Ainda temos a facilidade de optar pelas versões fixas ou modulares”, pontua Danyela.
De acordo com Danyela, o formato é versátil, visto que soluciona a questão da hospedagem para quem gosta de receber em casa, mas não tem quarto disponível. Por seu formato pequeno, é perfeito para as salas de estar de apartamentos compactos. O apartamento de apenas um dormitório não impossibilita que o morador possa acomodar seus hóspedes com conforto.
Sem os conhecidos braços nas extremidades, viabiliza que as pessoas possam se sentar despojadamente em várias direções. Com a sustentação que dispõe de assentos em ambos os lados, é bastante utilizado em áreas sociais conectadas, pois cumpre a função de servir dois espaços , mantendo a distinção e a proposta de cada um. “Sem dúvidas, o sofá-ilha agrega um clima mais descontraído”, analisa a arquiteta. Entre as soluções atribuídas, o móvel pode constituir uma sala de TV e um living.
Sua estrutura articulada permite que seus módulos individuais possam ser combinados e rearranjados de acordo com as possibilidades do layout. “Recentemente o móvel ganhou destaque nas redes sociais e tornou-se um queridinho por conta da flexibilidade que oferece ao décor”, relata a arquiteta.
Excelentes para quem prefere não arriscar ou não tem espaço suficiente para versões mais arrojadas. “Versáteis, eles tanto podem figurar sozinhos, como serem trabalhados em combinação”, analisa Danyela.
O sofá inspira um clima propício para relaxar devido sua extensão na forma de uma cadeira longa. “Quase que no comprimento de uma cama, a pessoa tem a liberdade de esticar as pernas. É um conforto delicioso”, revela a profissional.
Quando o assunto é sofá, é importante entender o que pede cada cômodo da casa. A arquiteta Danyela Corrêa explica que livings, salas de estar e varandas – comumente pensados para que os moradores convivam com seus convidados –, pedem por um estofado mais firme, com assento mais raso e ergonomia para uma posição ereta. “Por não ser um assento de longa permanência, essas características garantem uma presença ativa e sem distrações nas conversas”, reitera.
O mesmo pensamento não se aplica ao móvel trazido para o home theater. Pensando na plena comodidade para assistir filmes e séries, uma base mais profunda e macia é a mais indicada para uma experiência prazerosa e relaxante. “Gosto de selecionar sofás mais espaçosos, com encosto para a cabeça e até uma chaise retrátil”, recomenda a profissional.
Na varanda, Danyela ressalta que o design contemporâneo pode fazer parte, mas, principalmente em áreas abertas, é importante considerar sofás com materiais mais resistentes e de fácil limpeza. “Ainda mais quando está próximo da área gourmet, não podemos ignorar que podem acontecer incidentes, como uma taça de vinho que cai sobre o estofado”, analisa. Aliás, a impermeabilização é um cuidado muito bem-vindo para preservar a estética e a durabilidade do móvel.
Os materiais mais usados para os sofás são o couro, couro sintético, algodão, suede, linho, veludo, lona e chenile, entre outros. Todavia, entre eles, Danyela aponta sua predileção para os de características mais longevas e fáceis de limpar – caso das tramas sintéticas de alta qualidade que imitam linho, chenille e algodão.
“Eles são extremamente eficientes para famílias com crianças pequenas ou animais de estimação”, pontua. “Pensando em uma proposta mais sofisticada, gosto muito do veludo, que está em alta justamente pela elegância que confere ao móvel”, finaliza.
Por Karina Monteiro