6 formas como a arquitetura de interiores favorece o emocional 

A seleção adequada dos elementos é fundamental para promover conforto, prazer, paz e felicidade

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Publicado em 26 de junho de 2024 às 11:33

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A arquitetura de interiores impacta profundamente o bem-estar emocional (Imagem: Maura Mello | Projeto: escritório Dantas & Passos Arquitetura) Crédito:

A arquitetura de interiores desempenha um papel fundamental no bem-estar emocional das pessoas. Além da estética, a forma como os espaços são concebidos pode impactar profundamente o estado de espírito dos indivíduos. “A maneira como um espaço é projetado incentiva ou desencoraja a permanência, impactando diretamente o humor dos ocupantes”, destacam as arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos, sócias no escritório Dantas & Passos Arquitetura. 

Ainda segundo elas, as formas, as cores e os materiais diversos encontrados em um ambiente podem entregar sensações de conforto, prazer, felicidade e paz em um ambiente. “Por isso ressaltamos a magnitude da arquitetura de interiores dentro do propósito de criar lares com esse senso de pertencimento, como um refúgio onde seja possível a reconexão consigo”, avalia Paula Passos.

A seguir, veja maneiras como a arquitetura de interiores contribui para o bem-estar emocional!

1. Uso dos elementos corretos

Experientes, as profissionais do escritório relacionam o belo como um caminho que nos leva sutilmente às sensações positivas. Entretanto, não basta conceber uma arquitetura de interiores completamente alinhada com um estilo e com itens muito bem escolhidos tecnicamente se os mesmos não se vincularem aos moradores.

Nesse conjunto, a decisão pelas cores , a inserção de iluminação e ventilação natural – devidamente dosadas para oferecer conforto visual e térmico –, segurança e acessibilidades são pontos que norteiam o trabalho de conceber um ambiente. 

Conhecendo cada material, Danielle Dantas afirma que o trabalho ao lado da sua sócia é avaliar aqueles que ativarão a sensibilidade humana. “A presença do natural, como a madeira, desempenha um papel expressivo quando o intuito é criar uma ligação mais íntima com a natureza e uma realidade mais acolhedora e harmoniosa”, afirma. 

2. Iluminação natural 

Com um nível de consciência mais apurado ou por uma percepção mais intuitiva, o ser humano conhece o vigor de estar próximo da luz solar e de um céu azul. Esse combo, responsável por sorrisos, pensamentos positivos e a manutenção de níveis de concentração ao longo do dia, estão diretamente relacionados à produção da serotonina, neurotransmissor que rege uma sorte de sentimentos que nos levam ao contentamento. 

Segundo Paula Passos, essa satisfação de viver mais tempo sob a luz natural à artificial também é um ato benéfico ao planeta por minimizarmos os impactos ocasionados por conta da geração e do consumo de energia elétrica. 

3. Conforto térmico 

Segundo Danielle Dantas, muitos associam o conforto térmico ao imaginário do lugar quentinho desejado para passar os dias de temperaturas baixas. Entretanto, um projeto de arquitetura equilibrado é aquele que assegura ambientes agradáveis em todas as épocas do ano, e o segredo está em oferecer o isolamento necessário e a ventilação adequada. 

Um apartamento ou casa com proteção isolante tanto impede a entrada exacerbada e, por consequência, a elevação das temperaturas no calor, assim como não permite sua saída para manter um clima interno estável durante o inverno. A ventilação apropriada , por sua vez, diz respeito à circulação do ar fresco que elimina a umidade e evita a formação de mofos, vilões para a integridade respiratória dos moradores.

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A escolha correta das cores promove a saúde física e emocional dos moradores, beneficiando-os com o equilíbrio e a criatividade (Imagem: Paula Passos | Projeto: escritório Dantas & Passos Arquitetura) Crédito:

4. Escolhas das cores

Além da mensagem que cada tom transmite na cartela cromática, a decisão pelas cores certas oferece inúmeros benefícios à saúde dos moradores. Na cromoterapia, por exemplo, tudo conflui para o restauro do equilíbrio físico e emocional por meio de suas frequências vibracionais. “Gostamos muito de aplicar esses conhecimentos em prol de entregarmos sensações positivas para nossos clientes”, afirma Paula Passos, que ainda soma essas benesses para a elevação da criatividade. 

5. Integração com a natureza 

A arquitetura, seja residencial, comercial ou pública, tem a capacidade de promover uma simbiose entre o espaço interno e a natureza ao seu redor. Esta integração, alcançada por meio de formas e implantações cuidadosas, nos conduz diretamente à alegria.

No entendimento das arquitetas, essa expressiva ligação com o natural tanto ocorre como a execução de jardins internos, o verde do paisagismo presente em uma área externa ou a vista para a cidade, por exemplo. “Esse processo também se dá quando trazemos cores como o verde, a diversidade da terracota e materiais naturais como a própria madeira ou a pedra”, indica Paula Passos. 

6. Arquitetura e inclusão social 

Definitivamente, um projeto com essas diretrizes não torna apta a convivência de apenas um determinado grupo social. No entendimento das arquitetas, o olhar delas busca considerar a convivência de diferentes grupos sociais, incluindo a acessibilidade de pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção por meio da concepção de rampas, elevadores, pisos táteis e sinalização adequada.

“Quando todas essas características se unem em uma única edificação, a altivez de poder circular por onde se deseja não se restringe apenas àqueles que foram beneficiados, mas, sim, por todos”, declara Paula Passos. 

Transformando vidas com a arquitetura

Quando pensados em um alinhamento integral e inclusivo, o projeto abre uma janela para o mundo sobre a capacidade de transformar vidas e melhorar significativamente a experiência diária das pessoas. 

“ Um projeto arquitetônico  bem-sucedido é aquele que consegue reunir todas essas características e proporcionar impacto positivo e melhorar a maneira como vivemos e interagimos com o espaço ao nosso redor”, concluem as arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos. 

Por Cleide Assis