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Portal Edicase
Publicado em 10 de agosto de 2024 às 15:35
Se o ano passado foi marcado por debates sobre a capacidade e o potencial da Inteligência Artificial (IA) generativa, 2024 é o momento em que as pessoas começam a ver a aplicação prática no ambiente corporativo com mais recorrência. Essa tecnologia está revolucionando o mercado ao oferecer novas maneiras de criar conteúdo, automatizar processos e impulsionar a inovação. Cada vez mais, o assunto está no foco estratégico das companhias e de quem empreende.
Tiago Luiz, head de unidade de negócios da SIS Innov & Tech, empresa de inteligência tecnológica em inovação e transformação digital, reforça que a IA generativa está transformando significativamente os negócios em diversos aspectos. “Já é possível ver as mudanças trazidas pela IA em vários segmentos do mercado e, também, em diferentes áreas de uma organização. Todas as empresas serão impactadas, se não por implementar a tecnologia, pela concorrência que sairá na frente – é preciso estar preparado”, comenta.
De acordo com uma pesquisa da Bain & Company, com mais de 600 empresas entrevistadas em países variados, 85% consideram a implementação da IA como uma prioridade para os próximos dois a quatro anos. Porém, um estudo, realizado pela Leadership IQ, mostra que 73% dos líderes têm pouca ou nenhuma experiência com ferramentas de IA. E, ainda, 55% acreditam que seus funcionários estão indiferentes ou resistentes.
Pensando nisso, Tiago Luiz lista quatro motivos para não deixar de lado projetos relacionados à implantação da IA generativa e como ela impactará o futuro dos negócios. Confira!
As possibilidades da IA generativa são muitas e abrangem quase todos os aspectos de uma operação empresarial. “É possível ter ganhos com automação de processos, análise de dados, experiência do cliente, manutenção preditiva, desenvolvimento de novos produtos, sustentabilidade e monitoramento ambiental, por exemplo”, adianta Tiago.
O executivo explica que a IA generativa apoia no desenvolvimento da criação de novos produtos e soluções que antes não eram possíveis. Além disso, pode melhorar significativamente a experiência do cliente por meio da personalização do atendimento virtual e do aprimoramento de serviços.
Auxilia, ainda, na análise de grandes volumes de dados para fornecer ideias que facilitam a tomada de decisão. “Empresas que não adotarem recursos que envolvam IA correm o risco de perder oportunidades e não se destacarem em meio à concorrência, além de tomar decisões sem embasamento em informações estratégicas”, complementa.
Tais recursos não apenas melhoram a produtividade, mas também impulsionam a inovação e a competitividade. “A tecnologia é capaz de desempenhar um papel significativo na previsão de tendências de mercado e demandas do consumidor. Além disso, pode fazer uso de análise de dados em grande escala, modelagem preditiva e simulação de cenários, de modo a ajudar as companhias em suas demandas futuras”, comenta o especialista.
O maior ganho com a utilização de IA no ambiente corporativo é o tempo. “A automação de tarefas rotineiras permite aos trabalhadores dedicarem mais tempo a funções mais complexas e estratégicas”, confirma Tiago. Permitirá, ainda, que as empresas sejam mais consultivas e renovem o foco na cultura de trabalho e em medidas de satisfação da equipe, ampliando a retenção e impulsionando os negócios.
A IA generativa tem o potencial de ser aplicada em praticamente todas as áreas de uma grande empresa. Entre elas, pode-se destacar tecnologia e software, publicidade e marketing, mídia e entretenimento e educação. “Mas, isso desde que se tenha dados suficientes para treinar e operar os modelos de maneira correta e satisfatória. Devemos estar atentos às limitações de custos, disponibilidade dos dados e aspectos éticos e legais”, alerta o executivo.
Para acompanhar todas essas evoluções, será necessário desenvolver também os colaboradores das empresas. Os times podem se beneficiar de capacitações que incluem diversas habilidades – desde as mais técnicas, como pensamento crítico e analítico, até as interpessoais, que incluem criatividade, capacidade de inovar, se adaptar e aprender continuamente.
Por Isabela Kalil