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Zico critica o COB e detalha assalto sofrido nas Olimpíadas de Paris: 'Ficamos em lugar perigoso'

O ex-atleta comentou que precisou pagar um novo hotel após o assalto pela segurança e que não recebeu contato de dirigentes da entidade para tratar sobre o assunto

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 27 de dezembro de 2024 às 17:30

Zico criticou organização do COB em caso de assalto em Paris
Zico criticou organização do COB em caso de assalto em Paris Crédito: Reprodução/Redação SporTV

O ex-jogador e ídolo da torcida do Flamengo Zico voltou a criticar o Comitê Olímpico do Brasil (COB) cinco meses após ter sido assaltado na véspera da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris. O ex-atleta comentou que precisou pagar um novo hotel após o assalto pela segurança e que não recebeu contato de dirigentes da entidade para tratar sobre o assunto. As declarações foram ditas em entrevista ao programa Redação Sportv.

"Fiquei muito agradecido pelo convite, homenagem, mas às vezes você está preparado para uma coisa e acontece outra (...) Fiquei muito chateado porque até hoje ninguém do COB, nem presidente, pessoal de lá , veio falar comigo. Não deram uma ligação para saber e tal, isso é chato. Responsabilidade muito grande que eles tiveram. Não teve ninguém (dos padrinhos) que ficou no hotel, todo mundo saiu do hotel (por conta da segurança). O outro hotel fui eu que custeei", iniciou o ex-jogador do Flamengo. 

O "Galinho" foi escolhido pelo COB para ser Embaixador do Time Brasil em fevereiro. Zico participou do Pré-Olímpico dos Jogos de Munique em 1972, mas não foi convocado. A ideia era de que o embaixador fosse um ídolo do esporte brasileiro que não tivesse disputado os Jogos Olímpicos.

Durante a participação no programa, Zico criticou o hotel em que os homenageados ficaram. "Houve um erro do local que foi colocado os embaixadores e padrinhos. Local que, ao meu ver, não tinha nada a ver. Era um lugar perigoso, senti falta de segurança. Não tinha nenhuma segurança. O carro que levou a gente era alugado, não tinha passagem (credencial) para outros lugares. Pessoas inexperientes, eram garotos, jovens, dirigindo. Então eu tive que trocar de hotel, porque ali não tinha segurança", disse.

"No momento que fui trocar de hotel, coloquei as malas no carro, alguma pessoa veio na frente e começou a falar com o motorista, e o motorista não entendia nada de francês. Eu entendia alguma coisa, ele estava dizendo que o carro estava mal estacionado. E não estava, ele estava tirando nossa atenção. Aí, com as malas no carro, outro cara veio atrás, abriu, levantou e tirou a mala de mão da Sandra. Foi questão de dois minutos", complementou. 

O ex-jogador lamentou o roubo da mala da esposa, que carregava pertences de grande valor afetivo. Mesmo cinco meses após o ocorrido, Zico também contou que o caso ainda não foi encerrado.

"As coisas dela estavam ali, eram coisas valiosas, valiosas de sentimental, de presentes que eu tinha dado em datas importantes. E isso acaba contigo, estragou a experiência dos jogos. Fiquei seis horas nas delegacias, fui em duas delegacias, veio um advogado do COB para dar uma força. Estão ainda vendo, parece que prenderam os dois caras, e a gente está na luta", finalizou.