Willian Oliveira explica choro durante hino nacional: ‘Tomado pelo sentimento de gratidão’

Volante rubro-negro refletiu sobre a própria caminhada antes de partida contra o Botafogo, no final de semana passado

A emoção de estar vivendo um sonho às vezes pode transparecer através de um sorriso ou a partir de lágrimas. Para Willian Oliveira, volante do Vitória, o momento do hino nacional antes da partida contra o Botafogo, pela 35ª rodada do Brasileirão, culminou com um choro - que o jogador credita ao sentimento de gratidão pelo momento vivido com o Leão na Série A.

A cena foi registrada por Victor Ferreira, fotógrafo do clube, e comentada pelo atleta em suas redes sociais. Durante entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (28), Willian falou sobre ter se emocionado ao refletir sobre a própria carreira e se sentir grato pela oportunidade de estar em campo.

“Eu fui tomado pelo sentimento de gratidão, do lugar onde eu estava pisando, tudo que eu estou vivendo nesse ano, tudo o que eu já vivi e passei para chegar até aqui. Foi um momento de sentimento. Isso é especial, não canso de dizer. Quando eu pisei dentro de campo, diante de um jogo daquele contra o líder do campeonato, foi especial e eu não consegui me conter, acabei chorando. Quando aquele hino nacional tocou, a minha forma de expressar meu sentimento de gratidão foi através das lágrimas”, explicou.

Rebaixado com o Goiás no ano passado, Willian Oliveira está prestes a cravar a permanência na primeira divisão com o Vitória na atual temporada. A trajetória em 2024, aliás, vem sendo de altos e baixos. O volante foi campeão baiano diante do rival Bahia, mas também fez parte da equipe que iniciou mal a Série A. No entanto, foi importante na retomada rubro-negra ainda no primeiro turno, ao marcar cinco gols na competição. Os números deixam Willian como o segundo jogador do Leão com mais gols no Brasileirão, empatado com Matheuzinho e Wagner Leonardo.

O momento goleador foi comemorado pelo atleta, que confessou não estar familiarizado em balançar as redes adversárias. “É nova essa minha fase artilheira, desde quando eu comecei a jogar futebol. Esse é um ano especial em termo de gols e, muitas das vezes, eu nem acredito e nem tenho noção que realmente eu tenho cinco gols pela elite do Campeonato Brasileiro. Tem sido especial para mim, sem dúvidas”.

O Vitória ocupa a 12ª posição, com 42 pontos. São quatro a mais que o Criciúma, equipe que abre a zona de rebaixamento. No próximo domingo (1º), o Leão recebe o Fortaleza no Barradão, a partir das 18h30. Caso vença, pode garantir matematicamente a permanência na primeira divisão. Willian Oliveira acredita que, se o feito for confirmado na próxima rodada, terá chegado pelo empenho do time durante toda a competição. Nas palavras do jogador, a partida contra os cearenses será tratada como uma guerra.

“A nossa permanência vem acontecendo desde o início do campeonato. A gente enfrenta cada jogo como se fosse o último e esse contra o Fortaleza é mais uma guerra. Mais um jogo onde a mensagem que nós temos que deixar é entregar tudo”, finalizou.

Após a partida contra o Fortaleza, o Vitória enfrentará o Grêmio, na próxima quarta-feira (4), também no Barradão, e encerrará a Série A diante do Flamengo, no dia 8, no Maracanã.

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Willian Oliveira:

Metas traçadas

"A importância da gente concretizar essa permanência é a mensagem de dever cumprido. Particularmente tenho como meta fazer o meu melhor em todos os lugares onde eu passo e deixar o clube no mesmo lugar onde eu encontrei. A partir do momento que chegarmos a pontuação exata para a permanência, essa vai ser uma mensagem que eu vou estar dando para mim mesmo de dever cumprido".

Pressão e expectativa

"Convivo mais [com a pressão] no jogo, porque não me movo pelo que a rede social diz. A palavra dos outros não me define, preciso saber quem eu sou e o que eu estou fazendo aqui. Em termo de pressão, é mais sobre o nosso dia a dia no trabalho. Sabemos que temos que entregar o máximo para a gente possa levar isso para o jogo.  É o reflexo do nosso treino, de nossa semana".

Sair do Goiás e voltar a ser firmar de novo na série A

"Cada ano tem um sabor especial, aprendi muito no Goiás ano passado, assim como eu aprendi muito no Cruzeiro no ano anterior. Mesmo eu estando no Goiás ano passado que, infelizmente a gente caiu, mas foi um ano de muito aprendizado e no ano seguinte eu tive o prazer de estar vestindo a camisa do Vitória e tem sido especial também. Quando fala de se firmar na Série A, não sei nem o que dizer sobre isso. Gratidão por tudo que eu estou vivendo no meio dos melhores. Não sei nem se eu mereço estar onde estou".

Momento no Vitória

"A comissão técnica que tem me ajudado bastante nesse sentido, questão de posicionamento. O individual só aparece por causa do grupo. Ninguém consegue fazer sozinho, principalmente no futebol, ele não é construído por uma pessoa só. Messi para ser melhor do mundo precisa dos companheiros. Cristiano Ronaldo, da mesma forma, assim como Neymar. Ninguém constrói nada sozinho, todo mundo tem a sua parcela. Com todo mundo contribuindo muito bem, acaba que o individual vai aparecendo".