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Alan Pinheiro
Publicado em 30 de junho de 2024 às 20:33
O torcedor do Vitória que foi ao Barradão neste domingo (30) para ver o clube disputar a 13ª rodada do Campeonato Brasileiro se decepcionou com o desempenho inferior da equipe, que mostrou ineficiência no ataque. Aproveitando erro da zaga do Leão, o Athletico-PR abriu o placar com Julimar. Apesar da tentativa, o rubro negro baiano não conseguiu empatar o jogo.
O primeiro tempo foi marcado pelo equilíbrio entre as duas equipes. Em alguns momentos, o domínio estava com o Vitória - que pecou no último terço do campo. Já em outros, o Furacão tinha a bola e esbarrava na defesa rubro negra. Ao fim da primeira etapa, nenhum dos times conseguiu abrir o placar, o que só aconteceria no final da partida, quando o atacante Julimar aproveitou erro da zaga do Leão e balançou as redes.
Com a derrota por 1x0, o Vitória continua com 12 pontos, ainda ocupando a 15ª colocação da Série A. Agora - com apenas um ponto em relação ao primeiro time dentro da zona de rebaixamento - o clube rubro negro vai precisar descansar durante a semana para enfrentar o Corinthians nesta quinta-feira (4), às 20h, na Neo Química Arena.
O JOGO
A partida no Barradão começou com mais mudanças no adversário do que em relação à equipe comandada pelo técnico Thiago Carpini. No Leão, os mesmos onze que começaram contra o Fluminense estiveram presentes diante do Athletico-PR. Já no Furacão, entre jogadores convocados e outros cortados por lesão, o clube paranense também vive sob a expectativa de achar um novo treinador após a demissão de Cuca. Contra o Vitória, foi Juca Antonello quem esteve à frente da equipe.
Mesmo com os desfalques, o Furacão começou o jogo pressionando a saída de bola dos donos da casa, que - inicialmente - permitiram os visitantes de construir o jogo. Quando o Athletico-PR perdeu a bola, o Vitória tomou controle do jogo, envolvendo os adversários com tabelas rápidas e velocidade pelas laterais do campo. No entanto, o início frenético precisou esperar quando Osvaldo precisou ser substituído por lesão.
Com a bola no pé, a palavra que define o estilo de jogo mostrado pela equipe de Carpini é a objetividade. Mesmo os jogadores com mais liberdade para progredir com a bola, como o meia Matheuzinho e o zagueiro Wagner Leonardo, não ficavam muito tempo em posse da bola. No entanto, com o decorrer do primeiro tempo, o cenário visto pelos torcedores do Leão nas últimas partidas mudou.
O Furacão se postou mais recuado em campo para jogar no contra ataque, aproveitando erros na recomposição defensiva do Vitória. Já a equipe rubro negra precisou se reinventar para lidar com os momentos onde tinha a posse. A marcação do Leão funcionou durante toda a primeira etapa. Mesmo com os visitantes encontrando espaços, não foi o suficiente para desestabilizar a equipe rubro negra, que praticamente não sofreu.
No ataque, no entanto, o desempenho não foi o mesmo. Os jogadores de frente mostraram dificuldade em definir o jogo, seja quando conseguia sair em velocidade ou durante momentos em que o time precisava de tranquilidade para construir. Foi assim até o árbitro apitar o final da primeira etapa.
A volta do intervalo contou com duas mudanças em ambas as equipes. O técnico Thiago Carpini escolheu preservar os meias de seu time e colocou Rodrigo Andrade no lugar de Willian Oliveira, além de Janderson na vaga de Matheuzinho. Já o comandante do Furacão tirou Fernandinho e Thiago Heleno para as entradas de Erick e Gamarra. Com as modificações, Carpini também quis oferecer mais perigo ao gol de Léo Linck, o que aconteceu duas vezes no início do segundo tempo, com Rodrigo Andrade e Alerrandro.
Com o decorrer da partida, o Vitória voltou a conseguir criar, mas repetindo o mesmo problema de finalização das jogadas. Mesmo com a melhora do adversário, o Leão continuou construindo e levando perigo ao gol dos paranaenses, que tiveram sucesso em se defender das investidas dos baianos.
Seguindo a máxima de "quem não faz, leva" , os paranaenses aproveitaram erro da zaga do rubro negro baiano e saíram na frente. Aos 34 minutos do segundo tempo, bateu cabeça e a bola sobrou para Julimar - livre - vencer Lucas Arcanjo: 1x0. Após o gol, o Athletico-PR controlou o jogo e envolveu a equipe baiana para deixar o tempo do relógio correr. Apesar dos esforços do Vitória, a falta de inspiração ofensiva foi determinante para o resultado final do confronto.
Vitória 0 X 1 Athletico-PR - Campeonato Brasileiro - (13ª rodada)
Vitória: Lucas Arcanjo, Willean Lepo (Raúl Cáceres), Caio Vinícius, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; Luan Santos, Léo Naldi e Willian Oliveira (Rodrigo Andrade); Matheuzinho (Janderson), Osvaldo (Zé Hugo) e Alerrandro (Culebra). Técnico: Thiago Carpini.
Athletico-PR: Léo Linck; Léo Godoy, Kaique Rocha, Thiago Heleno (Gamarra) e Esquivel; Fernandinho (Erick), Gabriel, Zapelli (Zé Vitor) e Christian (Emersonn); Julimar (Di Yorio) e Pablo. Técnico: Juca Antonello.
Local: Barradão
Gols: Julimar, aos 34 minutos do segundo tempo
Cartão amarelo: Léo Naldi, Caio Vinícius e Zé Hugo (Vitória); Zapelli e Pablo (Athletico-PR)
Público: 20.376 pagantes
Renda: R$ 523.518,00
Arbitragem: Bruno Arleu de Araujo, auxiliado por Luiz Claudio Regazone e Carlos Henrique Alves de Lima Filho (Trio do Rio de Janeiro). No VAR, Rodrigo D Alonso Ferreira (SC)