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Da Redação
Wendel de Novais
Publicado em 15 de julho de 2024 às 10:46
O Vitória emitiu um comunicado sobre as agressões sofridas pelos jogadores Dudu e Rodrigo Andrade, nesse domingo (14), no bairro de Canabrava. Os jogadores foram agredidos e perseguidos por homens que usavam camisas da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis (TUI).
Em nota, o clube afirmou que repudia e que vai investigar o caso. "O Esporte Clube Vitória é uma instituição democrática que reconhece sua responsabilidade social e repudia qualquer atitude que ultrapasse os limites do respeito, da segurança e da paz. O incidente envolvendo os atletas Dudu e Rodrigo Andrade na noite deste domingo (14) será tratado internamente, em conjunto com a diretoria e demais envolvidos", diz a nota.
O Vitória ressaltou ainda que não considera "a violência como resposta para qualquer situação". Tanto Rodrigo Andrade como Dudu têm tido o trabalho questionado pela torcida do Vitória, que briga contra o rebaixamento no Brasileirão deste ano. O primeiro, inclusive, teria faltado ao treino do Leão no domingo, mesmo após dois dias de folga concedido aos atletas.
Agressões
O caso aconteceu em um bar onde os meias Dudu e Rodrigo Andrade estariam bebendo, na Rua Artêmio Castro Valente, a mesma onde fica o estádio do Barradão. Testemunhas contaram que às 22h30, porém, membros de uma torcida organizada chegaram ao local para agredir os dois.
"Foi no bar aqui mesmo. Dudu e Rodrigo Andrade estavam aqui. Chegaram mais de 10 pessoas, que estavam com a roupa da TUI (Torcida Uniformizada Os Imbatíveis), alguns com o rosto coberto, e pularam o muro do bar. Foi assustador, porque chegaram com paus e barras de ferro, já para bater nos dois. Na hora, foi um desespero", conta ela.
Ainda segundo Maria, os dois jogadores conseguiram escapar dos torcedores de formas diferentes. "Rodrigo Andrade correu para se esconder em uma casa aqui e os moradores ajudaram ele. Já Dudu pulou a grade o bar para tentar fugir, mas foi cercado. Foi quem mais apanhou, com certeza. Não só bateram nele, como quebraram os carros. Um era de um dos dois, mas outro era de uma moradora daqui", completa.
O bar onde as agressões aconteceram é um negócio de família e estava fechado no momento em que foi invadido pelos torcedores. A família de Maria estava no local, onde se encontravam crianças também, mas ninguém, além dos dois jogadores, ficou ferido. No entanto, algumas cadeiras do local foram quebradas em meio à confusão.