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Marina Branco
Publicado em 5 de novembro de 2024 às 17:02
A cabeça de porco arremessada no campo durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras na última segunda-feira (4) repercutiu pelas redes sociais, e ganhou um novo desdobramento com o vídeo gravado desde a compra do animal, até a entrada na Neo Química Arena.
A gravação foi feita pelo torcedor alvinegro Rafael Modilhane, que começou o vídeo se filmando no caminho para o estádio. “Saudações corinthianas, sabe aquela cabeça de porco que eu postei mais cedo? Vocês vão ver ela agora, o que vai acontecer com ela”, provocou o torcedor.
“Vai Corinthians, nós é louco mesmo, nós faz de tudo, se for pra mexer com o psicológico”, completou. Em seguida, ele mostrou a cabeça do animal sendo comprada em um mercadão, e já lançada dentro do estádio.
A escolha do porco se deu porque o animal é o mascote tradicional do Palmeiras. Ele foi atirado durante um escanteio, aos 27 minutos do primeiro tempo. Quando viu o objeto estranho em campo, o atacante Yuri Alberto o chutou para fora, e comentou após o jogo que o impacto quase quebrou seu pé, já que ele imaginava ser uma almofada.
Com a repercussão, a polícia pediu imagens das câmeras de segurança do estádio, e dois torcedores foram encaminhados para o Juizado Especial Criminal (Jecrim), onde prestaram depoimento.
Após a passagem pelo Juizado, os acusados receberam uma proposta de transação penal de R$ 4 mil pelo Ministério Público. Os torcedores recusaram, afirmando não estarem envolvidos com o ocorrido, e foram liberados.
O caso seguiu em um boletim de ocorrência lavrado pela 6ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva, com base no artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, que define que a Justiça pode interferir em casos de torcedores que promovam tumulto, pratiquem, incitem a violência ou invadam locais restritos aos competidores. As penas para casos do tipo podem chegar a seis meses de encarceramento, podendo ser convertidas em multa.