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Torcida rubro-negra festeja volta à Série A

Bares do Imbuí e estacionamento do Barradão reuniram os torcedores neste domingo (12)

  • M
  • Millena Marques

Publicado em 12 de novembro de 2023 às 23:19

Torcida explodiu em festa com a subida do Vitória para a série A
Torcida explodiu em festa com a subida do Vitória para a série A Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Teve furança, sim! O grito de alívio entalado há cinco anos na garganta do torcedor rubro-negro aconteceu neste domingo (12), após o Vitória vencer o Novorizontino por 2 a 1, no Estádio Jorge Ismael de Biasi, e, matematicamente, garantir o acesso à Série A do Brasileirão.

O mar rubro-negro que tomou a praça de bares do Imbuí foi à loucura com o gol de Léo Gamalho, responsável por garantir o empate do Leão, que perdia de 1 a 0 após Rômulo Simão abrir o placar. A concretização do retorno à elite do futebol brasileiro aconteceu no final do segundo tempo, quando Welder Costa converteu o pênalti para o Rubro-Negro.

Quem marcou presença na famosa praça boêmia contava com a oficialização do acesso contra o Novorizontino. Os dois últimos empates contra Juventude e Vila Nova, no Barradão, fizeram com que o grito de alívio só fosse proclamado neste domingo.

O promotor de vendas Paulo Cesar Pimentel, 33 anos, chegou no Quiosque do Pica-Pau 30 minutos antes do jogo começar, confiante no triunfo do time do coração. "Hoje é furança! Tinha que ganhar de qualquer jeito, porque eu não aguentava mais de ansiedade, já estava tomando remédio de tanto nervosismo", brincou.

Sócio do clube há cerca de cinco anos, as idas ao Barradão só aconteciam para garantir a cerveja do final de semana. "A gente sofreu demais, era muita vergonha, muito vexame. Era só derrota. Eu ia assistir aos jogos só para beber mesmo. Agora vamos botar 10 estrelas, para a Sardinha ficar pirada", brincou o promotor.

No desespero, todos rezaram juntos
No desespero, todos rezaram juntos Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Pimentel é o único rubro-negro da família. Tricolor doente, o pai proibia o menino de assistir aos jogos do rival desde os sete anos, idade em que se descobriu Vitória após ganhar uma camisa da vizinha. Apesar do embate com o pai, o promotor de vendas afirmou que não quer ver o arquirival na Segundona em 2024.

"O único jogo que torço contra o Bahia é o Ba-Vi. O Bahia não merece cair, não esse ano. O gostinho era a gente subir e disputar o clássico na Série A", disse.

Na casa do Leão, a festa foi ainda maior. As bandeiras dançavam com a torcida, a fumaça vermelha e os fogos marcavam um céu rubro-negro e as lágrimas expressavam emoção de quem viu o time, nos últimos três anos, sair da Série C, disputar a Segundona e, um ano depois, conquistar o acesso à Primeira Divisão.

A pequena Valery Vitória Pereira, 10, foi aos prantos ao ver o time do coração retornar à Série A, lembrança que ficará eternizada na memória da torcedora mirim. "Eu fico muito feliz de viver esse momento. Amo o Vitória desde pequena", disse Valery, emocionada.

A mãe, Simone Almeida, 42, vai ao Barradão em todos os jogos do Vitória e não deixa de levar a filha. "Nós sofremos tanto. Viemos de um rebaixamento da Série C, disputamos a Série B e agora estamos na Primeira Divisão. Eu estava muito ansiosa, não conseguia dormir. É muita felicidade!", afirmou Simone, com os olhos brilhando de alegria.

A rubro-negra não deixou de alfinetar o arquival, que vive uma situação complicada na Série A, com alta probabilidade de rebaixamento. "Só lamento por eles. O time milionário vai para Série B, para deixar de soberba", brincou.

Aos 70 anos, Manoel da Paixão esbanja amor pelo Vitória. O chapelão da torcida rubro-negra, como é conhecido, saiu do Pau Miúdo, como faz em todos jogos, para comemorar o acesso no estacionamento do Barradão.

"Não sei como o coração está batendo hoje. Foram cinco anos de muito sofrimento, me acabando por esse time, mas o dia certo chegou! Só o Vitória me faz quebrar desse jeito" disse Manoel, que aproveitou o intervalo entre os tempos esbanjando simpatia ao dançar na folia.

O triunfo rubro-negro garantiu o acesso à Primeira Divisão e deixou o time de Léo Condé praticamente com as mãos na taça da Série B do Brasileirão. Basta torcer por um empate ou uma derrota do Criciúma na próxima terça-feira (14). O time catarinense enfrenta o Guarani fora de casa, no Estádio Brinco de Ouro, às 19h.

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo