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Técnico português passa por audiência após jogadora do Bahia denunciar ter sido chamada de 'macaca'

Hugo Duarte foi preso em flagrante, no Estádio de Pituaçu, após a zagueira Suelen Santos denunciar ter sido xingada durante jogo

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2024 às 07:07

Treinador de time feminino é preso por injúria racial após chamar jogadora do Bahia de 'macaca' Crédito: Reprodução

O treinador do time feminino JC Futebol Clube, do Amazonas, Hugo Duarte, 44 anos, passa por uma audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (10), em Salvador.

A audiência vai determinar se o técnico português continuará preso por suspeita de injúria racial, na última segunda (8), ou se poderá responder em liberdade.

Hugo Duarte foi preso em flagrante, no Estádio de Pituaçu, após a zagueira Suelen Santos, do Esporte Clube Bahia, denunciar ter sido chamada de 'macada' pelo treinador.

A ofensa aconteceu durante uma confusão em campo após o empate entre o JC e o Bahia no Estádio de Pituaçu, segundo as jogadoras. Os policiais foram acionados pela juíza da partida do jogo, ao término do jogo, que relatou a confusão entre as jogadoras dos dois times.

'Imediatamente, os policiais foram conter a confusão, no momento em que uma jogadora do Bahia chegou chorando e expondo que o técnico do time adversário tinha cometido crime de injúria racial contra ela', diz a Polícia Civil em nota.

Imagens mostram o momento em que o treinador do JC se aproxima da zagueira. A ofensa teria sido cometida nesse momento, segundo a jogadora e colegas do clube ouvidas em depoimento.

O homem foi levado por policiais do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (BEPE) do Estádio de Pituaçu para a Central de Flagrantes da 1ª Delegacia dos Barris. Ele negou ter se aproximado da jogadora.

A jogadora, a treinadora do Bahia e outras testemunhas foram ouvidas e depois liberadas. O treinador foi preso e autuado em flagrante por injúria racial.

Em nota, o JC Futebol Clube disse que 'repudia qualquer ato de racismo' e que o jurídico averigua se as informações para realizar os procedimentos para que 'não haja informações infame ou caluniosas que prejudiquem quaisquer que sejam os envolvidos'.

O Bahia também se pronunciou através de nota e disse que a 'comemoração pelo acesso das Mulheres de Aço à elite do futebol brasileiro acabou manchada por episódio lamentável no estádio de Pituaçu'.

"O diretor de Operações e Relações Institucionais, Vitor Ferraz, acompanha a atleta juntamente com advogado criminalista que assessora o clube, além de outras jogadoras e funcionários que se apresentaram como testemunha", diz a nota.