Setor instável durante a temporada, gol é problema para o Bahia na reta final do Brasileirão

A cartada final do Bahia na temporada será também a partida mais importante do clube nos últimos anos. Neste domingo (8), contra o Atlético-GO, na Fonte Nova, o tricolor entrará em campo de olho em uma vaga na Copa Libertadores. Mas, antes de enfrentar o Dragão, o técnico Rogério Ceni terá que resolver um problema que tem causado dor de cabeça: o gol.

Na reta final da Série A, a “camisa 1” do Esquadrão passa por um momento de instabilidade e trocou de dono. Titular absoluto em boa parte do ano, Marcos Felipe nunca foi unanimidade entre os torcedores e virou alvo de críticas após algumas falhas que foram responsáveis diretas por derrotas da equipe, principalmente no segundo turno do Campeonato Brasileiro.

Por conta dos erros, Marcos perdeu a vaga na escalação inicial e viu o reserva Adriel assumir o posto nos confrontos contra Palmeiras, Athletico-PR e Cuiabá. O goleiro de 23 anos, que está no clube baiano emprestado pelo Grêmio, parecia ter sido o escolhido para defender o time nos últimos jogos da Série A, mas também cometeu falhas e foi criticado.

Com a oscilação entre os jogadores, Rogério Ceni voltou a dar uma uma chance para Marcos Felipe durante a derrota para o Corinthians, na penúltima rodada, mas o goleiro sofreu uma concussão em dividida com Yuri Alberto nos minutos iniciais, foi substituído por Adriel e não enfrentará o Atlético-GO. 

“Marcos Felipe toma uma pancada na cabeça quando cai. Eu vi também ele com uma tipoia no ombro, caiu de mau jeito. Então fica praticamente descartada a participação dele no último jogo”, explicou Ceni. De acordo com o protocolo de concussão, é preciso respeitar o prazo mínimo de cinco dias para voltar a atuar em competições da CBF. Desta forma, ele está fora das opções do técnico para a rodada final. 

Sem Marcos Felipe, a tendência é a de que Adriel permaneça entre os titulares. Rogério Ceni, no entanto, preferiu não cravar a escalação. Logo após o jogo contra o Corinthians, na Neo Química Arena, em São Paulo, o treinador foi questionado sobre os erros cometidos pelo goleiro, mas desconversou e não quis apontar lances individuais.

Entre as jogadas mais marcantes no confronto, Adriel fechou o ângulo errado no segundo gol do adversário e deixou o canto exposto para a finalização de Yuri Alberto. O erro repercutiu entre os tricolores e nas redes sociais.

“Eu não vou comentar um lance isolado. Acho que em câmera lenta tudo é mais fácil. Acho que ele fez dentro do possível o seu melhor. Tem trabalhado, tem sido profissional. Marcos Felipe foi muito bem ano passado, achei que era o momento de trazer ele de volta. Infelizmente, o imponderável acontece no futebol. O time não perdeu por causa do Adriel, vamos ser sinceros”, completou Ceni.

OPÇÕES

Se preferir mudar mais uma vez no gol, Rogério Ceni tem também as opções de Danilo Fernandes e do jovem Gabriel. Diferente de Marcos Felipe e Adriel, que se revezaram na equipe titular durante a Copa do Nordeste e o Campeonato Baiano, Danilo tem menos minutos em campo na temporada.

Esse ano, o experiente goleiro de 36 anos foi utilizado pelo treinador apenas uma vez, no triunfo por 2x1 sobre a Juazeirense, no dia 25 de fevereiro, pelo Campeonato Baiano. O longo tempo de inatividade pode pesar contra o jogador.

Por sinal, sendo escolhido ou não para enfrentar o Atlético-GO, Danilo pode estar vivendo os últimos momentos no Bahia. O arqueiro tem contrato apenas até o fim deste ano, e o Esquadrão ainda não sinalizou sobre uma permanência. Danilo Fernandes está no clube desde 2021 e, no ano passado, também disputou apenas uma partida.

A outra opção para Rogério Ceni é o jovem Gabriel Souza. Formado nas categorias de base, ele é considerado uma joia e nos últimos anos esteve emprestado ao Portimonense, de Portugal. Gabriel voltou ao tricolor durante a janela de transferências do segundo semestre, mas desde então não recebeu chances na equipe principal.