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Marina Branco
Publicado em 18 de abril de 2025 às 01:50
A derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro fez com que o Bahia voltasse para casa incomodado com o resultado, e a torcida comentasse os possíveis erros cometidos para levar ao resultado negativo. Na coletiva após a partida válida pela quarta rodada do Brasileirão, o técnico Rogério Ceni avaliou os pontos fracos do grupo, comentando a atuação.>
"O que mais me incomodava era o retorno constante da bola para o goleiro, em situações em que poderíamos tentar o jogo mais à frente. Tentar o jogo com o Arias, para que o Cauly se aproximasse. O Arias era o jogador mais livre da nossa linha", analisou Ceni, que admitiu ter feito um jogo muito abaixo do adversário nesta quinta-feira (17).>
"Tivemos muitos erros de passe. Atravessamos bolas na frente da área que não deveríamos. Fugimos do que foi planejado. Às vezes, você tenta reforçar o meio-campo — hoje, com o Eric e o Jean Lucas ao lado do Caio —, mas não consegue desenvolver o jogo combinado", avaliou.>
"Mesmo com um meio mais forte de marcação, você precisa da bola. A característica do nosso time é ter a bola, é jogar. E hoje não conseguimos exercer aquilo que fazemos de melhor. Por isso a diferença foi tão grotesca a favor do Cruzeiro no primeiro tempo", completou.>
Para ele, a principal falha se localizou na saída de bola da equipe: "A saída de bola foi um dos maiores problemas. O sistema defensivo como um todo não conseguiu conectar passes. Sentimos falta de jogadores como Everton e Nestor, que conseguem conectar melhor".>
"Com Jean e Eric, temos dois jogadores de muita força, que trazem outras virtudes. Mas, na construção, jogamos como se tivéssemos um meia como o Everton, quando, na verdade, tínhamos um segundo homem de meio-campo mais físico. Demoramos a entender isso. Tivemos pouca calma, não escolhemos o melhor passe. Precisamos evoluir", prosseguiu.>
Além disso, Ceni comentou a clássica justificativa do calendário exaustivo, em que o Bahia vem conciliando Brasileirão e Libertadores toda semana, com exceção da em que se encontra atualmente. "A sequência é muito pesada. Agora temos jogos em casa, começando com o Ceará. Depois já vem Copa Libertadores. Vamos com toda a energia que temos, porque ainda faltam sete semanas até a parada. Já estamos desde o começo da temporada. Hoje foi, acho, nosso 25º jogo. E temos mais 16 até a pausa", lembrou.>
"Temos que arrumar uma maneira de sobreviver na Copa do Brasil, tentar a classificação na Libertadores e chegar a uma posição mais condizente com o que esperamos no Brasileirão. É difícil? É. Temos mais lesões do que o normal, e um número muito grande de jogos desde 23 de janeiro. Teremos que fazer mais esforço, mais empenho. Tentar corrigir via vídeo, porque muitas vezes não dá tempo. Agora mesmo vamos viajar e chegar às quatro e meia, cinco da manhã", explicou.>
A esperança poderia vir por novos reforços que devem retornar em breve: "Acredito que temos a volta de dois ou três jogadores que devem começar a treinar com a gente nesta semana. Isso nos dará mais opções, jogadores mais frescos, mais descansados, para que possamos evoluir".>
"Amanhã temos que dar folga, depois preparar no sábado e domingo um time para enfrentar o Ceará. E, a cada três dias, temos jogos pesados. Você sai da Libertadores, pega o Palmeiras. Sai do Palmeiras, pega o Flamengo. São todos jogos pesados. É um momento de reflexão. Precisamos entender o que podemos fazer para evoluir, melhorar. Sabemos que, nos últimos jogos, caímos de produção. Estamos rendendo abaixo e precisamos dar um jeito por nós mesmos de melhorar diante dessas circunstâncias", finalizou.>