Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Marina Branco
Publicado em 12 de março de 2025 às 12:12
O sonho de Ronaldo Fenômeno em se tornar presidente da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, acabou antes mesmo de começar. Nesta quarta-feira (12), o ex-jogador anunciou sua desistência da candidatura em suas redes sociais, deixando a disputa contra Ednaldo Rodrigues.>
A desistência se dá à recusa de muitas federações a ele, já que 23 das 27 filiadas se recusaram a se reunir com Fenômeno. O motivo seria a satisfação que todas têm em relação à gestão atual, apoiando a reeleição de Ednaldo, atual presidente para o próximo mandato.>
Para se candidatar, Ronaldo precisaria ser apoiado por quatro das 26 federações estaduais e Distrito Federal, além de ter apoio de quatro clubes das Séries A e B. Na votação para eleger o novo presidente, votos das federações estaduais têm peso 3 (81 pontos), os votos dos clubes da Série A têm peso 2 (40 pontos), e os votos dos clubes da Série B, peso 1 (20 pontos).>
Por isso, com apoio de 24 das 27 federações, Ednaldo teria 72 pontos, eleito acima da soma de todo o resto dos votos que alcançaria apenas 69 pontos.>
Em seu pronunciamento, Ronaldo desistiu de se candidatar, afirmando que o que ele pensa não importa quando comparado à decisão do grupo. "Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião", escreveu.>
"Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada", continuou.>
Em sua nota, Fenômeno expôs a situação vivida com as federações, que não chegaram a ouvir seu projeto para a presidência: "No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo".>
"O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções", prosseguiu. >
"Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união", finalizou.>