Referência do Bahia, Cauly é líder em passes decisivos no Brasileirão

Após ficar afastado por 40 dias por lesão, meia retornou ao time com atuação de gala diante do Goiás e elogio de Ceni: 'Jogador especial'

Cauly esteve ausente do Bahia em quatro jogos. Foram cerca de 40 dias desde a lesão sofrida diante do Botafogo até a volta, contra o Goiás. A expectativa pelo retorno era enorme - e o camisa 8 correspondeu à altura. Em uma de suas melhores exibições pelo tricolor, participou de três dos seis gols sobre o Esmeraldino, fora de casa.

A atuação de gala veio em uma tarde de ótima parceria com Everaldo. Foram duas assistências para o camisa 9 no primeiro tempo. Na etapa final, ainda criou a jogada que resultou no terceiro gol do atacante. No lance, Cauly fez ótima jogada individual pela esquerda antes de Ratão finalizar e, no rebote, o centroavante assinalou seu hat-trick.

O meia também tentou deixar o dele, no fim do primeiro tempo. Recebeu enfiada de bola, saiu na cara do gol e, de cobertura, balançou as redes. Seria um golaço, mas a jogada foi invalidada por impedimento.

A tarde mágica só reforçou a importância de Cauly para o Bahia. Principal referência técnica do time na temporada, o camisa 8 já soma oito gols e sete assistências em 36 partidas.

De acordo com o Sofascore, site especializado em estatísticas no futebol, o meia é o líder em passes decisivos por jogo neste Brasileirão. São 59 até aqui, o que dá uma média de 2,8 por duelo. Além disso, tem 57 dribles certos na competição, se tornando o terceiro do ranking neste quesito - atrás apenas de Marcelino Moreno, do Coritiba (com 66), e Jhon Arias, do Fluminense (com 64).

Lesão e retorno

Não à toa, Cauly era aguardado ansiosamente pelo técnico Rogério Ceni. Logo em seu primeiro treino à frente da equipe, no dia 11 de setembro, o treinador já deixava claro que mal podia esperar para ter o jogador de volta. "Contamos com seu retorno", disse ao atleta na época.

A última atuação do meia havia sido na derrota por 3x0 para o Botafogo, no dia 27 de agosto. Naquele duelo, pediu para deixar o campo ainda no início do segundo tempo, dando lugar a Cittadini. Em seguida, teve a lesão no ligamento colateral medial do joelho direito constatada.

Em período de ausência, o camisa 8 viu o empate em 1x1 com o Vasco na Arena Fonte Nova, seguido do pedido de demissão do então técnico Renato Paiva. Ceni assumiu, conduzindo a equipe no triunfo por 4x2 sobre o Coritiba, assim como nas derrotas por 2x1 para o Santos e 1x0 para o Flamengo.

Contra o rubro-negro carioca, aliás, o técnico chegou a cogitar uma possível volta do atleta. "Foi uma dúvida que tivemos, mas, em conjunto com o departamento médico, achamos por bem não arriscar ainda", falou.

Assim, a primeira atuação de Cauly sob o comando de Ceni veio diante do Goiás - e com grande estilo.

"Resolvemos arriscar com ele desde o começo, aguentou por volta de 65 minutos. Era o que a gente achava que era o correto fazer (...) Um jogador especial, mesmo fora de ritmo, há um bom tempo parado. Tem um toque diferenciado na bola, ajuda muito. Tanto que teve duas assistências, mais uma jogada que praticamente é o passe para gol. Um gol anulado, lindo", elogiou o técnico.

Rogério Ceni, aliás, volta a ter um longo período livre para preparar o Bahia para o próximo compromisso. Com a parada da data Fifa, o Esquadrão só volta a entrar em campo na quarta-feira da semana que vem, dia 18, para enfrentar o Internacional. O jogo, pela 27ª rodada do Brasileirão, será disputado na Arena Fonte Nova, a partir das 21h30.