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Reconhecimento facial deve alcançar totalidade nos estádios em 2025, diz tenente-coronel

Informação foi confirmada pelo comandante do Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos (Bepe), Francisco Menezes

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 13:55

No domingo, todos os caminhos levam à Fonte Nova
Arena Fonte Nova Crédito: San Júnior/ Divulgação

Tecnologia aplicada em fase experimental na Arena Fonte Nova e no Barradão em 2024, o sistema de reconhecimento facial deve atingir sua totalidade até junho de 2025. A informação foi confirmada na manhã desta quarta-feira (8), durante uma reunião de alinhamento e integração entre a Federação Bahiana de Futebol (FBF), Ministério Público, Polícia Militar, clubes e torcidas organizadas no Quartel Geral da PM, nos Aflitos.

De acordo com o tenente-coronel Francisco Menezes, comandante do Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos (Bepe), os sistemas da Fonte Nova e do Barradão foram 90% implementados. O objetivo é alcançar os 100% nesses estádios e instaurar totalmente a tecnologia em Pituaçu.

“A novidade é que, em fase experimental ano passado, que o reconhecimento facial (seja implementado), até junho. Todos os estádios aqui, Pituaçu, Barradão e Arena Fonte Nova, terão a obrigatoriedade de funcionar”, disse em coletiva à imprensa.

O sistema de reconhecimento facial facilita o acesso dos torcedores nos estádios, mas também tem o objetivo de reconhecer que estão com mandados de prisão em aberto, que estão proibidas de entrar em estádios de futebol e desaparecidos. “Reunimos o Poder Judiciário, o Ministério Público, os dirigentes, todos os atores envolvidos no futebol baiano. Nós vamos, a partir deste ano, (alinha) a questão do reconhecimento facial, do trabalho do Bepe e a aproximação com as torcidas”, disse o tenente-coronel Menezes,

Suspensa desde 2017 nos Ba-Vis, a volta da torcida mista não estava entre as pautas da reunião, mas foi citada pelo promotor de Justiça Hugo Cassiano de Santana. Segundo ele, não há como precisar o retorno.

“Lancei como uma provocação, uma mensagem de otimismo, porque acredito que nós estamos caminhando para um aperfeiçoamento da nossa atuação na prevenção da violência. Não apostaria no momento ideal para o retorno das torcidas mistas, não tenho condições de prever como pode acontecer, mas estamos caminhando para um diálogo mais próximo com as instituições”, disse Santana.

Moacyr Pita Lima, juiz titular da 16ª Vara Criminal, que tem a responsabilidade para processar e julgar infrações penais da Lei Geral do Esporte, afirmou que não vê “nenhum problema” para o retorno da torcida mista.

“O que a gente precisa combater são verdadeiras organizações criminosas muitas vezes que atuam fora dos estádios, que se enfrentam, que são intolerantes, que matam, que agridem. E, na sua grande maioria, acontecem essas violências fora dos estádios e que o controle é muito mais difícil porque ele é difuso em toda cidade, em todo o estado, em todo o país”, disse.