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Giuliana Mancini
Publicado em 3 de dezembro de 2024 às 16:28
Rebeca Andrade viveu uma temporada inesquecível em 2024, incluindo as quatro medalhas em Paris-2024 - que a fizeram se tornar a maior medalhista olímpica da história do Brasil. Não à toa, a ginasta foi eleita uma das 100 mulheres mais inspiradoras e influentes do mundo pela rede britânica BBC. Ela é apenas uma das oito esportistas na relação, que também inclui artistas, ativistas e políticas, entre outras personalidades.
Nos Jogos da França, Rebeca conquistou um ouro, no solo; duas pratas, no individual geral e no salto; e um bronze, na prova por equipes. Os quatro pódios, somados aos dois em Tóquio-2020 (ouro no salto e prata no individual geral), fizeram a atleta virar a recordista do Brasil.
A BBC destacou, principalmente, a medalha dourada faturada no solo, em que ela desbancou Simone Biles, considerada uma das maiores ginastas da história. A rede britânica também lembrou da icônica cena em que Biles e a também norte-americana Jordan Chiles reverenciaram a brasileira na cerimônia de pódio.
"Ela ganhou o ouro no solo em Paris-2024, derrotando a ginasta mais condecorada do mundo, Simone Biles. Durante a cerimônia de premiação, Biles e sua companheira ginasta norte-americana Jordan Chiles se curvaram para a brasileira, um gesto que viralizou e se tornou um emblema da Olimpíada deste ano", escreveu a BBC.
A rede também destacou os nove pódios de Rebeca em Mundiais e a trajetória pessoal da ginasta, ressaltando sua resiliência para vencer as graves lesões e sua preocupação com a saúde mental.
"Vinda de uma família de oito filhos, até os 10 anos de idade Andrade caminhava para as sessões de treino desde sua favela nos arredores de São Paulo, enquanto sua mãe, solteira, limpava casas para pagar seu treinamento. Sua ascensão a fez superar muitos ferimentos graves, e ela falou abertamente sobre cuidar da saúde mental", completou a BBC.
Além de Rebeca, outras sete atletas foram incluídas na lista de 100 mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo, incluindo a velocista estadunidense Allyson Felix, dona de 11 medalhas olímpicas e 20 medalhas mundiais. As outras são: a queniana naturalizada romena Joan Chelimo Melly (atletismo); a indiana Vinesh Phogat (wrestling); a estadunidense Tracy Otto (tiro com arco paralímpico); a afegã Zakia Khudadadi (taekwondo paralímpico); a sul-coreana Kim Yeji (tiro esportivo); e a chilena Zhiying Tania Zeng (tênis de mesa).
Há ainda mais duas brasileiras na relação: Lourdes Barreto (ativista pelos direitos das prostitutas) e Silvana Santos (bióloga).