Rebeca Andrade e Caio Bonfim são eleitos melhores atletas do ano no Prêmio Brasil Olímpico

Quebrando recordes, a ginasta chega ao quarto prêmio consecutivo, e Caio se torna o primeiro atleta de sua modalidade a ser premiado

Entre provas, medalhas e orgulhos, os atletas brasileiros que brilharam na Olimpíada de Paris foram premiados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) com o Prêmio Brasil Olímpico. A festa de gala do esporte brasileiro aconteceu no Vivo Rio, zona sul do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (11).

Desde 1999, a “Bola de Ouro” dos Jogos elege a maior atleta feminina e o maior atleta masculino do ano, entre todas as categorias. Em 2024, ambos os prêmios vieram com recordes inéditos, chegando a quatro prêmios consecutivos para a mesma atleta, e a primeira conquista da modalidade no melhor masculino.

No feminino, deu a lógica: Rebeca Andrade, a maior medalhista da história do Brasil, se consagrou como melhor do ano pela quarta vez seguida, com suas medalhas de ouro no solo, prata no salto e individual geral, e bronze por equipes. Ela não pôde estar presente na premiação, mas recebeu a honraria simbolicamente por vídeo. 

"É o meu quarto prêmio de melhor do ano. É uma conquista muito especial em um ano muito especial. Eu não poderia estar mais grata por tudo que aconteceu. Quero agradecer à minha família, minha equipe, minha rede de apoio e aos meus fãs", comemorou.

Na corrida com Rebeca pelo Troféu Rei Pelé, estavam Beatriz Souza, medalhista de ouro no judô peso pesado, e Ana Sátila, que competiu em 15 provas e ficou em quarto no C1, quinto no K1 e oitavo no cross.

Responsável por levar o Brasil ao pódio da marcha atlética pela primeira vez, com sua medalha de prata inédita, Caio Bonfim foi o vencedor no masculino, desbancando Edival Pontes (taekwondo) e o baiano Isaquias Queiroz (canoagem velocidade). Muito emocionado, ele falou sobre sua primeira participação em Olimpíadas, em Londres-2012, e afirmou que ser convidado para o Prêmio Brasil Olímpico era apenas um sonho na época.

"A gente às vezes cansa. Não pode desistir, só descansar. Eu não desisti, falei 'vou para mais um ciclo, vou tentar ganhar essa medalha'. Nessa quarta Olimpíada eu saí com a melhor das lições: acredite nos seus sonhos e trabalhe. Ganhar este troféu deixou este ano mais especial ainda", falou Caio, que ainda encerrou a noite com mais dois prêmios: Atleta da Torcida e o de melhor atleta da modalidade.

Com o resultado, a ginástica se consagra ainda mais como o esporte mais premiado do país, com 13 atletas eleitos melhores do ano. Os prêmios foram entregues a Rebeca (4x), Daniele Hypolito (2x), Daiane dos Santos (2x), Arthur Zanetti (2x), Jade Barbosa (1x), Lais Souza (1x) e Arthur Nory (1x).

Os melhores de cada categoria

Além do Troféu Rei Pelé, a noite também distribuiu outros prêmios. Caio Bonfim foi eleito por voto popular como o Atleta da Torcida. Ana Sátila (Canoagem Slalom), Beatriz Souza (Judô), Tatiana Weston-Webb (Surfe), Alison dos Santos “Piu” (Atletismo) e Darlan Souza (Voleibol) também concorreram.

Já o prêmio de Atleta Revelação foi para Gustavo ‘Bala Loka’ Oliveira, sexto colocado em Paris no BMX park freestyle. As outras indicadas eram Maria Fernanda Costa, da natação, e Raicca Ventura, do skate park. Já Flávia Saraiva foi eleita Influenciadora do Ano.

No Prêmio Inspire, criado para homenagear a atleta mais inspiradora do ano, a vencedora foi Ana Sátila Vargas, da canoagem slalom. Estavam no páreo Beatriz Souza (judô), Duda e Ana Patricia (vôlei de praia), Jade Barbosa (ginástica artística), Raquel Kochhann (rugby 7) e Tatiana Weston-Webb (surfe).

A técnica Sarah Menezes, do judô, ganhou como melhor treinadora individual, enquanto Francisco Porath foi o melhor treinador, na mesma categoria, pela ginástica artística. No esporte coletivo, o técnico Arthur Elias, da Seleção Brasileira feminina, recebeu o prêmio de melhor treinador, enquanto as jogadoras foram as escolhidas como melhor equipe do ano.

Para além dos prêmios principais, José Roberto Guimarães foi homenageado e recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva por sua contribuição ao esporte brasileiro. Ele é dono de cinco medalhas olímpicas, sendo o bronze em Paris 2024 com a seleção feminina de vôlei a mais recente delas.