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Marina Branco
Publicado em 3 de janeiro de 2025 às 16:23
Lá em 2022, o coordenador de base do Palmeiras, João Paulo Sampaio, fez uma afirmação arriscada. Se o time não faturasse pelo menos um bilhão de reais com a geração sub-17 que possuíam, poderiam ser demitidos do clube por incompetência.
A fala é arriscada, mas foi justificada com o tempo. Com apenas as vendas de Endrick, Estêvão e Luis Guilherme, o clube já estava perto de um bilhão em faturamento dois anos depois.
"Se você botar Vitor Reis, que já vai estar numa casa de 30 milhões em diante, Thalys, Benedetti, que daqui a um tempo pode estar no profissional, Luighi, que já jogou, o que a gente pode estar vendendo e está bem na Itália (Fellipe Jack)... é uma geração que pode passar de R$ 1 bilhão. Vamos ver se o euro continua forte", comentou o coordenador.
As vendas realizadas pelo Palmeiras desde a declaração de João Paulo incluíram o zagueiro Fellipe Jack, os meio-campistas Thalys e Luis Guilherme e os atacantes Estevão e Endrick. Destes, um foi para o West Ham, um para o Chelsea, e outro para o Real Madrid, somando mais de 990 milhões de reais com suas vendas.
Após a subida eventual de Vitor Reis, Thalys e Benedetti também começaram a figurar no time de Abel Ferreira. Thalys é o artilheiro do Brasileiro Sub-20, tendo marcado 15 gols, e vem sendo sondado por times europeus e sauditas.
Já Luighi fez três jogos pelo time principal do Palmeiras, e marcou um gol. Ainda disputando torneios sub-20 como Brasileirão e Copa do Brasil, ele é uma das grandes apostas da direção do clube para o futuro.
A última promessa da lista é Fellipe Jack, zagueiro que atualmente está emprestado ao Como, clube italiano que aparenta ter interesse em negociar o jogador definitivamente. O contrato de sua transferência era válido até o meio de 2024, tendo sido assinado em fevereiro, mas já foi renovado por uma temporada. Em caso de compra, ele valeria cerca de 10,6 milhões de reais por 60% dos direitos.
Assim, é provável que o Verdão supere a meta de um bilhão estipulada, e já começa a mirar o futuro: "Vai ter gerações mais novas como essa, que o profissional vai aproveitar, mas vai ter as normais. Não dá para ter extra série todo ano", comentou João Paulo.
"A gente está falando de dois jogadores que os últimos que foram mais novos a estrear na seleção brasileira foram em 1960, 1970. Olha o que Endrick e Estevão estão fazendo. Não é toda hora que dá para chegar desses", completou.