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Que calor! Entenda como altas temperaturas afetam o futebol no Brasil

Estar exposto ao calor extremo sem cuidados básicos traz riscos à saúde

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Foto do(a) author(a) Agência Einstein
  • Giuliana Mancini

  • Agência Einstein

Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 12:26

Torcida do Velo foge do calor com sombra no Benitão
Torcida do Velo foge do calor com sombra no Benitão Crédito: Filippo Ferrari/ Velo Clube

O ano mal começou e o Brasil já enfrenta a terceira onda de calor extremo, inicialmente em áreas dos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná e, posteriormente, na Bahia e em Goiás, de acordo com alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As temperaturas máximas podem superar em mais de 5°C a média climatológica e geram preocupação. Inclusive, comprometem diretamente a prática do esporte no país.

No futebol, o calor excessivo pode contribuir para a desidratação - não à toa, as pausas técnicas para hidratação durante os jogos estão cada vez mais comuns. No Rio de Janeiro, a Federação de Futebol do Rio (Ferj) determinou que a reta final do Carioca terá jogos só depois das 18h.

De acordo com o cardiologista Marcelo Franken, gerente de Cardiologia do Hospital Israelita Albert Einstein, a desidratação diminui o volume sanguíneo e, por sua vez, afeta a pressão arterial. Também torna o sangue mais espesso, aumentando o risco de formação de coágulos sanguíneos.

Além disso, o estresse térmico coloca uma carga adicional sobre o coração, fazendo com que ele bombeie mais rápido para dissipar o calor do corpo.

O risco, aliás, não fica restrito apenas aos jogadores. Os torcedores também sofrem com as temperaturas elevadas, especialmente em estádios sem cobertura ou ventilação adequada. Além do futebol, outros esportes praticados ao ar livre, como atletismo, ciclismo e triatlo, são afetados pelo calor extremo.

Pessoas com condições cardíacas pré-existentes, como hipertensão arterial, doença coronariana, e insuficiência cardíaca estão em maior risco de complicações relacionadas ao calor intenso.

"As altas temperaturas podem desencadear ataques cardíacos e arritmias, pois o coração precisa trabalhar mais para manter a temperatura corporal sob controle. É essencial tomar precauções durante ondas de calor, como manter-se hidratado, evitar a exposição direta ao sol e buscar ambientes com ar-condicionado ou ventilação adequada", recomendou Franken.

Estar exposto ao sol ainda pode contribuir para um quadro de insolação, caracterizada pelo aumento da temperatura corporal, pele avermelhada e quente, pele seca, dor de cabeça, confusão, náuseas e até mesmo desmaios. "Essa condição é potencialmente perigosa e requer atenção imediata, pois pode levar a danos graves ao organismo e, em casos extremos, risco de morte. É fundamental buscar abrigo à sombra, hidratar-se e resfriar o corpo em casos suspeitos de insolação", orientou Franken.

Como se proteger do calor?

É fundamental se proteger do calor e manter-se hidratado em dias de temperaturas muito altas. Entre as principais recomendações estão:

● Beba bastante água e não a substitua por bebidas alcoólicas;

● Faça refeições leves e frias mais vezes ao dia;

● Mantenha a sua casa fresca, com janelas abertas;

● Tome banhos mais frios;

● Prefira ambientes arejados e evite aglomerações;

● Proteja-se do sol com chapéu, óculos escuros, roupas leves e protetor solar;

● Use soro fisiológico nos olhos e narinas;

● Não faça exercícios físicos em horários com maior incidência de raios UV, das 11h às 17h.