Prefeitura de Salvador anuncia programa com investimento de R$ 20 milhões no esporte

Projeto beneficiará esportistas amadores e profissionais

Salvador investirá pesado no fomento ao esporte nos próximos anos. Ontem, a prefeitura anunciou um pacote de ações com valor total de R$ 20 milhões que serão empregados no incentivo à prática esportiva.

Através da Lei Municipal do Esporte, que será enviada para a Câmara Municipal de Salvador, a prefeitura pretende implantar pelo menos sete projetos que beneficiarão os esportistas da capital baiana.

Entre as medidas que já estão valendo, o prefeito Bruno Reis assinou o decreto que coloca em vigor a ajuda de custo para os atletas e paratletas amadores e profissionais que representarem a cidade em competições nacionais e/ou internacionais.

Os valores da ajuda variam entre R$ 300 (competições municipais) e R$ 10 mil (competições olímpicas, paralímpicas e surdolímpicas). O dinheiro será usado para custear despesas como alimentação, hospedagem, inscrição em competições e deslocamento. O orçamento anual previsto pela prefeitura é de R$ 600 mil.

“Muitos atletas deixam de disputar competições regionais ,nacionais e até internacionais por não ter como custear hospedagem e alimentação durante os torneios. Essa ajuda de custo pode chegar a até R$ 10 mil reais, dependendo da competição que o atleta for disputar”, explicou o prefeito Bruno Reis.

Dentro da Lei Municipal do Esporte - que precisa ser aprovada pela câmara -, a prefeitura pretende implantar o Bolsa Atleta Salvador, um benefício mensal para ajudar nos treinos e desenvolvimento. Serão contemplados desde atletas na base estudantil até esportistas das modalidades olímpicas e paralímpicas.

Os valores giram entre R$ 300 e R$ 2 mil por mês. O orçamento anual previsto pela prefeitura é de R$ 1,3 milhão.

“A primeira novidade é o Bolsa Atleta, daremos uma bolsa mensal de até R$ 2 mil para atletas que disputam competições nacionais e internacionais, isso garantirá que muitos possam permanecer praticando a modalidade esportiva”, completou o prefeito.

Já o Salvador Social Clube prevê a redução de impostos municipais, como o IPTU, para clubes sociais e agremiações recreativas que disponibilizarem vagas em programas esportivos para estudantes da rede municipal.

A previsão é de que 700 vagas sejam ofertadas para os estudantes em modalidades como natação, futebol, judô, tênis, jiu-jitsu e ginástica rítmica. Entre os clubes envolvidos no projeto estão Bahia, Vitória, a Associação Atlética, o Yacht Clube e o Costa Verde.

O Bahia também confirmou a utilização de campos públicos cedidos pelo município para a implantação de escolinhas de futebol. O tricolor utilizará 11 equipamentos espalhados por toda a cidade.

“Com certeza é o maior investimento da história para a modalidade. A lei prevê o Conselho Municipal do Esporte, o Fundo Municipal, o Plano Municipal e a Conferência Municipal do Esporte”, disse Júnior Magalhães, secretário de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre).

O Conselho Municipal do Esporte será consultivo e contará com integrantes das secretarias de Educação, Saúde e Cultura.

“Recentemente foi sancionada a Lei Geral do Esporte, e Salvador é a segunda capital a seguir o governo federal de implantar um sistema para estruturar corretamente a cidade para a atração de investimentos”, completou o secretário.

ATENÇÃO AOS IDOSOS

O programa também contemplará a prática esportiva entre os idosos. O Projeto Viver 60+ Esporte tem o objetivo de estimular atividades físicas entre a população acima de 60 anos. O investimento será na casa dos R$ 3 milhões.

“É uma lei que deixará um legado para a cidade, independente de quem seja o prefeito amanhã, essas conquistas estão asseguradas. Eu tenho a visão de que o esporte é uma ferramenta de inclusão social, é uma das formas como a prefeitura pode ajudar no enfrentamento ao crime e à marginalidade”, afirmou o prefeito.

O projeto inclui também a participação de empresas que desejem fomentar o esporte através de patrocínios a atletas ou de realização de eventos em Salvador. Em troca, eles terão isenção de até 100% no Imposto Sobre Serviços (ISS). O orçamento destinado para essa modalidade é de R$ 10 milhões por ano.