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Patrocinador do Vitória é censurado de fazer publicidade em clube de futebol

A decisão impõe uma multa diária de R$ 10 mil por descumprimento e dá um prazo de 15 dias para o clube apresentar contestação

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 13 de março de 2025 às 18:49

Fatal Model é um dos patrocinadores do Vitória
Fatal Model é um dos patrocinadores do Vitória Crédito: Franscisco Cedrim / CRB

Patrocinadora do Vitória, o site de acompanhantes Fatal Model foi impedido de patrocinar os clubes de futebol CRB e CSA após solicitação do Ministério Público de Alagoas à Justiça do Estado para a suspensão da campanha publicitária envolvendo os times. A base da solicitação é a proteção de menores de idade, argumentando que a publicidade em estádios de futebol viola o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A juíza Maria Lúcia de Fátima Barbosa Pirauá emitiu uma decisão liminar, nesta terça-feira (11), proibindo a exibição do patrocínio em materiais do CRB acessíveis a crianças e adolescentes. A decisão impõe uma multa diária de R$ 10 mil por descumprimento e dá um prazo de 15 dias para o clube apresentar contestação.

Além disso, o clube foi obrigado a suspender a campanha chamada “Caçada Fatal” e a retirar imediatamente todos os materiais já distribuídos ou exibidos que contenham a referência publicidade.

Em resposta, a Fatal Model declarou não ter sido notificada sobre a decisão judicial. A empresa defende que suas publicidades não contêm material inapropriado e o patrocínio aos clubes visa “fortalecer o esporte e promover a inclusão e o respeito”. Afirmou ainda que adota medidas para que seu conteúdo seja acessado apenas por maiores de idade e que a atividade de seus profissionais é legalmente reconhecida desde 2002.

Esta não é a primeira vez que a publicidade da Fatal Model é questionada no âmbito esportivo. Em abril de 2024, um torcedor do Bahia ingressou com representação no Ministério Público da Bahia questionando a publicidade da empresa no futebol. A plataforma apresentou suas explicações após ser notificada.

A Promotora da Infância e Juventude de Salvador acatou a resposta da empresa no dia 19 de agosto do ano passado, entendendo que não existem danos a crianças e adolescentes tampouco publicidade abusiva.