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Marina Branco
Publicado em 19 de novembro de 2024 às 18:30
O Palmeiras foi em busca da CBF para impedir os planos de Mateus Simões, vice-governador de Minas Gerais, de ter torcida única no jogo entre o Verdão e o Cruzeiro pela penúltima rodada do Brasileirão. A partida, que será disputada em 4 de dezembro no Mineirão, é o foco do ofício feito pelo time paulista, que sugere mudança no estado de realização do jogo caso a mudança não seja acatada.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, defendeu a alteração do local da partida caso o governo de Minas não acredite que tem estrutura policial para conter as confusões e manter espaços para a torcida alviverde no estádio.
Para o vice-governador, a necessidade de torcida única vem da briga que ocorreu na emboscada feita por integrantes da Mancha, a torcida organizada do Palmeiras, contra torcedores do Cruzeiro, em outubro.
Na ocasião, foram 150 envolvidos, resultando na morte de um cruzeirense e em outros 17 feridos. “Fizemos pedidos aos responsáveis que o jogo seja de torcida única. Se isso não for atendido, que, infelizmente, não somos nós que tomamos essa decisão, nós vamos judicializar, para impedir que a torcida do Palmeiras frequente o estádio”, afirmou Simões.
A luta do clube em ter sua torcida no estádio contra o Cruzeiro se deve à importância da partida, decisiva na corrida pelo Brasileirão. Atualmente, o Palmeiras briga com o Botafogo, apenas quatro pontos acima na tabela.
O Verdão alega que não pode ser penalizado esportivamente por um crime que não aconteceu na partida, mas sim em uma rodovia próxima. No primeiro turno pelo Brasileirão, o Palmeiras abriu as arquibancadas do Allianz Parque para a torcida cruzeirense, e afirma que, se o Cruzeiro não fizer o mesmo, estará ferindo o “princípio da isonomia”.