"Não fomos competitivos como temos sido", lamenta Ceni após derrota no BaVi

Treinador admitiu queda de rendimento no segundo tempo, quando o Bahia viu o Vitória virar o placar

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  • Wendel de Novais

Publicado em 18 de fevereiro de 2024 às 21:48

Técnico apontou para falta de competitividade contra maior rival Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Faltou competividade. Foi assim que o técnico Rogério Ceni avaliou, em coletiva de imprensa, a atuação do Bahia no clássico frente ao Vitória após ser derrotado no Barradão, na tarde deste domingo (18). O Tricolor até entrou no segundo tempo na frente do placar, mas viu o Rubro-Negro se impor dentro de seus domínios, sofreu com expulsões e tomou a virada do rival.

"Precisa competir mais. Não fomos competitivos como temos sido. Nem dominante e nem competitivo. Perdemos o controle do jogo e, na hora da competição individual, do contato, eles foram um pouquinho superiores a gente", destacou Ceni, que viu o Vitória dominar a partida, principalmente no aspecto físico e produzir mais chances de gol.

O treinador admitiu ainda que o time esteve uma 'rotação abaixo' durante a partida e, principalmente, no segundo tempo. Ceni também lamentou os erros que fizeram com que o Bahia não conseguisse manter a vantagem estabelecida na primeira etapa.

"Jogamos numa rotação abaixo. Não sei se foi o calor ou um dia a menos [de preparação]. Não conseguimos jogar com a mesma facilidade e era possível. Quando colocamos a bola no chão, foi o melhor momento. Só que comete um erro, fica desconfortável e começa chutar a bola à frente. Temos que tentar manter um melhor controle de jogo", acrescentou.

Com a derrota, o Bahia parou nos 13 pontos e não conseguiu recuperar a liderança do campeonato baiano, que foi ocupada pela Juazeirense ainda no sábado (17), quando a equipe de Juazeiro superou o Jacobina. Na saída do jogo, Juba destacou a dificuldade que o Tricolor teve para jogar no segundo tempo e minimizou a pressão imposta pela torcida do Vitória no Barradão.

"Não acho que tem essa questão de pressão. A gente sabe que, quando vai jogar fora de casa, a torcida adversária apoia o time da casa. Foi uma questão nossa. Não conseguimos colocar nosso ritmo de jogo no segundo tempo e, infelizmente, tomamos a virada", falou o lateral.

Autor do gol da virada do Bahia no primeiro tempo, Everton Ribeiro, que fez sua estreia no clássico BaVi, afirmou que o time deixou de jogar da forma que vinha fazendo. "Um jogo que a gente poderia ter dominado um pouco mais. Saímos da nossa característica e, lógico, com os jogadores a menos, ficou mais difícil. Temos que continuar na evolução. Estamos chateados e sabemos que a nossa torcida merecia muito mais. Vamos trabalhar forte para melhorar", falou o camisa 10 do Esquadrão.

Everton Ribeiro ainda marcou no seu primeiro BaVi Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O confronto contra o Vitória foi o primeiro de uma sequência de quatro jogos que o Bahia tem fora de casa. Na próxima quarta-feira (21), às 20h, o Esquadrão entra em campo diante do Moto Clube, do Maranhão, pela primeira fase da Copa do Brasil. No domingo (25), tem um duelo direto pela primeira posição do estadual com a Juazeirense, em Juazeiro. Após isso, pega o CRB, em Alagoas, pela quarta rodada do regional.

Ceni falou sobre a sequência de jogos longe de casa, destacou que os jogadores devem sofrer fisicamente com as viagens e que, sobretudo, vai observar o que há de melhor no elenco em condições físicas. Para o treinador, além de se classificar na competição nacional, é fundamental preservar a saúde dos atletas.

"As derrotas sempre machucam ou deveriam incomodar muito aqueles que estão envolvidos. Temos Copa do Brasil agora fora de casa em jogo único e veremos o que há de melhor condições físicas. Depois, temos duas viagens: uma para Juazeiro e um para Maceió. Assim como tivemos vantagem jogando em casa, vamos sofrer um pouco mais, é natural. E temos que minimizar a possibilidade de lesões", completou.