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'Não aumenta a responsabilidade', afirma Machado sobre possibilidade do São Paulo ir com time misto

Volante do Vitória mantém discurso do elenco e enfatiza que o mais importante é continuar pontuando

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2024 às 17:48

Machado vive a expectativa de se estabelecer na titularidade do Vitória
Machado vive a expectativa de se estabelecer na titularidade do Vitória Crédito: Victor Ferreira/EC Vitória

Vitória e São Paulo se enfrentam neste domingo (25), no Morumbis para um confronto válido pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Antes de viajar à capital paulista, o volante Filipe Machado comentou sobre a partida e a possibilidade dos rivais paulistas entrarem em campo com reservas. O jogador também respondeu sobre uma de suas características, a bola parada.

"Acho que não aumenta a responsabilidade por ser um time alternativo. A gente sabe da qualidade que tem o grupo do São Paulo, que vem jogando três competições e disputando títulos por todas elas, quer dizer que o grupo é forte. Assim como o nosso, nosso coletivo é a nossa principal arma. Se a gente correr todo mundo junto, brigar, se dedicar, a gente vai conquistar grandes coisas até o final da temporada, mas como o Carpini sempre fala, o importante é a gente pontuar. Cada ponto é muito importante, e isso vai fazer a diferença lá na frente", disse.

A possibilidade de Luis Zubeldía mandar a campo uma equipe mista ou até completamente reserva é justificada pela bateria de jogos do clube paulista, por três competições diferentes. No último domingo (18), o clássico contra o Palmeiras foi disputado com uma equipe mista, poupando os atletas para o confronto pela Libertadores, no meio de semana. Após o embate contra o Vitória, o Tricolor Paulista vai precisar mudar o foco rapidamente para a Copa do Brasil, já que enfrenta o Atlético-MG no meio de semana.

Como mandante, o São Paulo nunca foi derrotado pelo Leão. Das 20 partidas disputadas entre as equipes, foram 17 derrotas e apenas três empates. Apesar do histórico negativo, o Vitória tem a esperança de quebrar o tabu e continuar pontuando no Brasileirão. Para isso, Machado acredita que é preciso manter o desempenho apresentado nos últimos jogos.

"Temos que nos apegar às coisas boas que a gente fazendo nos últimos jogos. Desde o returno, de 12 pontos a gente fez sete, isso tem que ser valorizado. Ver os detalhes, os erros, trabalhar em cima disso para que não aconteçam mais, e ter consistência defensiva muito boa. Todo mundo correndo junto a individualidade vai aparecer lá na frente para a gente fazer os gols e conquistar grandes vitórias, os pontos que a gente precisa para se manter e conquistar grandes coisas no final do ano", explicou.

Uma das características de Machado que pode ajudar o Leão a sair pontuando do Morumbis é a bola parada. Ponto forte do volante, o jogador explicou como funciona o processo de escolher quem cobra as faltas durante as partidas. "Sou um cara que treino muito, gosto de trabalhar isso. Característica minha, bater falta, escanteio. O jogo pode estar truncado, as coisas não podem estar dando certo tecnicamente, e uma bola parada, falta, escanteio, podem definir a partida. Treino bastante. Quanto à decisão, na falta, sempre tem o pessoal que treina, eu, o Esteves, o Osvaldo, a gente treina bastante, conversa, vê quem está melhor para fazer a cobrança e fazer a melhor escolha", disse.

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Machado:

Características diferentes em relação ao primeiro turno

"Consistência melhor. Nos primeiros sete jogos do turno a gente fez um ponto. Agora, em quatro jogos, fizemos sete entre 12 pontos. O trabalho vem sendo bem feito, a gente vem evoluindo como equipe, isso é o mais importante. Brasileiro é muito difícil, equipes qualificadas, nível muito alto. Cada jogo tem que ser uma final para a gente pontuar o máximo possível para conquistar o grande objetivo".

Manter concentração até o fim das partidas

"A gente fez um ótimo primeiro tempo até ficar com um jogador a menos, até o intervalo. A gente atacou marcando, não deu chances para o adversário. Como o Carpini falou, em 28, 30 minutos a gente tinha 11 finalizações contra nenhuma do Cruzeiro. Isso é evolução que a gente vai tendo e construindo no dia a dia, mas tem que enaltecer a entrega do grupo, a gente sabe que é difícil jogar 11 contra 11 contra o Cruzeiro, que tem grandes jogadores, com um jogador a menos fica mais difícil ainda, correr dobrado. Tem que valorizar esse ponto que lá na frente vai fazer a diferença".

Disputa por posição

"Como sempre falo, tendo essa disputa sadia, colocando esse ponto de interrogação na cabeça do treinador, isso é uma coisa boa para o grupo. O Vitória só tem a ganhar, e a gente vem demonstrando isso durante os jogos. Quando um sai, o companheiro entra em campo e vem fazendo aquilo que o treinador pede. Estou sempre aqui para ajudar, contribuir, começando o jogo, atuando durante os 90 minutos, 45, cinco minutos. A gente tem que estar preparado para entrar e aproveitar a oportunidade da melhor maneira possível"

Recomeço no Vitória

"Com certeza [é um recomeço], como sempre falo, passei por muita dificuldade, não só na vida pessoal, mas na profissional. Tive um problema de saúde com a covid-19, precisei passar por cirurgias e tudo mais, mas sempre confiante no meu trabalho, no meu potencial, naquilo que Deus me deu. Sou um cara que batalho fora do campo, dentro do campo. (...) Com certeza é uma grande oportunidade na minha vida para dar continuidade na minha carreira e estou aqui para contribuir da melhor maneira possível".