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Marina Branco
Publicado em 21 de março de 2025 às 10:23
Richarlison, jogador da Seleção Brasileira, se tornará pai em breve - mas nem toda a história que viveu com a namorada foi fácil e alegre. Amanda Araujo, namorada do atleta, foi às redes sociais desabafar pela primeira vez sobre uma complicação que sofreu durante a gravidez, e que, segundo ela, a deixou "esquelética".>
O anúncio do bebê dos dois foi feito em dezembro do ano passado, e até março deste ano nenhum problema da gestação era público. Amanda decidiu, aos sete meses de gravidez, compartilhar o início sofrido que viveu devido a um quadro de hiperêmese gravídica.>
A condição afeta mulheres grávidas e causa náuseas, enjoos e vômitos intensos, dificultando a alimentação e prejudicando a saúde da mãe. Foi o caso de Amanda, que foi tão afetada que não conseguia comer, e perdeu muito peso em decorrência da complicação.>
“Estava pensando em como contar isso pra vocês. Mas queria falar pra vocês sobre os meus primeiros meses de gestação em que eu tive hiperêmese gravídica. Se você jogar no Google vai aparecer que é quando a mulher tem enjoos e vômito com frequência, perda de peso e etc. É isso, só que mil vezes pior”, comentou.>
Superficialmente tidos como normais para uma gestação, os sintomas não assustam quando mencionados, mas sim pela intensidade com que atingem a mulher. As náuseas, ainda que comuns, passam a ser exageradamente numerosas, demoradas e intensas. >
“Quando descobri minha gravidez eu estava com cinco semanas. Logo que descobri começaram os sintomas, meu peito cresceu muito, comecei a ter um leve enjoo. Com seis semanas, tudo mudou. Não sei o que aconteceu, mas eu comecei a vomitar muito. Eu vomitava em média vinte vezes por dia ou mais”, contou.>
O volume de vômitos era tanto que Amanda começou a enjoar com tudo, tanto líquido quanto sólido, sem conseguir ingerir alimentos de nenhum tipo e nem mesmo beber água. "Não conseguia comer nada. Enjoei do cheiro do meu quarto. Fiquei dois meses sem subir (até o quarto)", relatou.>
Ela contou que até o cheiro de Richarlison, pai do bebê, a enjoava, ao ponto em que ela pediu que ele parasse de usar perfumes ou qualquer coisa que o deixasse com cheiro de qualquer tipo, bom ou ruim. Foram cerca de 20 dias de angústias e alimentação precária, mantendo a hidratação do corpo apenas por meio de soro e arriscando sua saúde e a do bebê.>
“Fiquei 20 dias sem conseguir comer e à base de soro. Eu só dormia, quando não estava dormindo estava vomitando”, desabafou. Os longos períodos dormindo eram consequência de um remédio forte que passou a tomar para ajudar com os sintomas que não cessavam de jeito algum.>
“Eu estava sobrevivendo, atrofiando. Perdi em torno de seis quilos. Fiquei esquelética, eu era pele e osso. Lembro de chorar de fome, gente. Foi bizarro", comentou. Segundo Amanda, os sintomas começaram a diminuir a partir do terceiro mês de gravidez, quando começou a viver uma gestação mais suportável.>
“Vai passar, e graças a Deus que passa. Agora estou vivendo a melhor fase”, garantiu. Quanto ao namorado, ela elogiou a postura de Richarlison, presente e apoiando a amada: “Ele esteve comigo o tempo todo, especialmente quando não tinha minha família por perto”.>