Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

MP da França reabre investigação de suposta discriminação do PSG na busca por jogadores

O caso teria como fundamento a denúncia de que os olheiros do clube francês traçaram perfis de potenciais jogadores com base em suas origens

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 13:40

O MP da França reabriu uma investigação para apurar se há discriminação do PSG no recrutamento de novos jogadores
O MP da França reabriu uma investigação para apurar se há discriminação do PSG no recrutamento de novos jogadores Crédito: Shutterstock

O Ministério Público da França reabriu uma investigação para apurar se há discriminação por parte do Paris Saint-Germain no recrutamento de novos jogadores. O caso, iniciado anos atrás, foi reaberto em maio deste ano e teria como fundamento a denúncia de que os olheiros do clube francês traçaram perfis de potenciais jogadores com base em suas origens.

A reabertura da investigação foi confirmada pelos promotores franceses à agência de notícias The Associated Press. Inicialmente, o caso foi encerrado em agosto de 2022. Mas foi retomado após nova queixa de "discriminação com base na origem e armazenamento informatizado de dados que revelam origens raciais ou étnicas".

A lei francesa proíbe o armazenamento de dados pessoais que revelem as origens raciais ou étnicas das pessoas. Apesar disso, o PSG já reconheceu que formulários com conteúdo ilegal foram utilizados no período entre 2013 e 2018. Mas rejeitou a responsabilidade pela política depois que o site Mediapart informou que os olheiros do clube eram orientados a mencionar a origem de potenciais novos jogadores em quatro categorias: "Francais" (francês), "Maghrebin" (Norte de África), "Antilhais" (Índia Ocidental) e "Afrique noire" (Africano Negro).

A primeira investigação do MP foi iniciada após denúncia da Liga Francesa dos Direitos Humanos, depois que o PSG afirmou que uma apuração interna não encontrou "nenhum caso comprovado de discriminação". O conselho de ética da Federação Francesa de Futebol também investigou o assunto e a comissão disciplinar da liga multou posteriormente o PSG em 100 mil euros (cerca de R$ 615 mil, no câmbio atual).

A liga também aplicou uma multa condicional de 10 mil euros ao ex-diretor da academia do PSG, Bertrand Reuzeau. Marc Westerloppe e Pierre Reynaud, responsáveis pelo recrutamento do PSG, receberam multas, também condicionais, de 5 mil euros - as punições são aplicadas na prática se houver reincidência.

A Mediapart e o programa de TV francês "Envoyé Special" afirmaram que um jovem jogador negro foi ignorado pelo PSG por causa de sua cor. Após uma investigação baseada nos documentos do "Football Leaks", o Mediapart disse que o meio-campista Yann Gboho, de 17 anos, que joga pela seleção francesa sub-18, foi desconsiderado pelo PSG quando tinha 13 anos, e a administração do clube decidiu encobrir "aqueles implicado no escândalo".

Num outro caso de racismo, em 2011, o cenário futebolístico do país foi abalado por revelações do Mediapart de que o então técnico da seleção, Laurent Blanc, e outros discutiram cotas informais que limitavam o envolvimento de jovens jogadores negros e árabes na seleção nacional.