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'Meu corpo não foi feito para a ginástica rítmica', diz atleta aposentada aos 22 anos

Déborah Medrado precisou passar por cirurgia para diminuir os ossos dos dedos dos pés

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 27 de dezembro de 2024 às 18:44

Déborah Medrado decidiu se aposentar aos 22 anos
Déborah Medrado decidiu se aposentar aos 22 anos Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A atleta da ginástica rítmica Déborah Medrado decidiu se aposentar aos 22 anos após inúmeras lesões e três cirurgias. Déborah comentou, em entrevista ao ge, sobre as dores no corpo e a cirurgia que precisou passar para diminuir os ossos dos dedos dos pés. A decisão pela aposentadoria ocorreu no final deste ano.

"O que me fez decidir pela aposentadoria foram as dores e as lesões. Tenho uma cirurgia no joelho e uma em cada pé. Desde que entrei para a seleção, por mais que a gente fortaleça muito e tenha os trabalhos preventivos, parece que meu corpo não foi feito para a ginástica rítmica. Tenho o talento, a vontade e os sonhos, mas parece que meu corpo não me ajuda. Esses anos foram muito sacrificantes. Eu vivia no departamento médico", desabafou Déborah.

Além de Paris, Déborah representou o Brasil no ciclo olímpico de Tóquio 2020. Apesar de sempre conviver com dores no período com a seleção, o maior susto foi antes do adiamento das Olimpíadas de Tóquio. Os pés da atleta lesionavam com frequência pelo formato dos segundos dedos.

A anatomia dos pés da agora ex-atleta dificultava a execução de movimentos básicos da ginástica. Por isso, os médicos decidiram que Déborah deveria passar por uma osteotomia, procedimento cirúrgico que consiste em cortar os ossos para corrigir o alinhamento dos membros. Caso ela não optasse pelo procedimento, não conseguiria continuar treinando.

"Perceberam que meus pés tinham um formato anatômico difícil para a ginástica rítmica. O segundo dedo (metatarso) era maior do que os outros. A gente passava dez horas por dia na meia ponta e a sobrecarga ficava toda nesse osso. Eles fizeram de tudo para eu sentir menos dor. Eu treinava de tênis. Aí veio a escolha: ou eu tentava fazer a cirurgia, que foi um tiro no escuro, ou eu saia da seleção, porque não tinha como seguir treinando", explicou.

"Decidimos fazer. Os médicos cortaram o segundo metatarso de cada pé. Quando o osso consolidasse, ele diminuiria de tamanho. E diminuiu mesmo. Isso facilitou fazer o movimento de meia ponta. Agora meu peso é mais bem distribuído no pé", finalizou.