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Marina Branco
Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 13:05
Desde que saiu do Barcelona, cada escolha feita por Neymar surpreende (e polemiza) mais do que a anterior. A primeira delas talvez tenha sido a ida para o Paris Saint-Germain, clube em que viveu muitos rumores e conflitos até mesmo entre atletas. Na entrevista que deu para o podcast do ex-jogador Romário, o brasileiro comentou a ida para o PSG, e a convivência por lá.
Uma das revelações feitas por Neymar foi sobre sua amizade com Mbappé. Após construir uma vitrine de que eram grandes amigos, surgiram rumores de que os dois teriam brigado, e só nesta entrevista Neymar confirmou a confusão. Segundo ele, os problemas entre a dupla começaram quando Messi chegou ao time.
"O Mbappé não é chato. Tenho meus negócios com ele, a gente teve uma briguinha. Foi um menino que no começo foi fundamental. Eu o chamava de Golden Boy. Eu brincava, ajudava, conversava. Ele ia na minha casa. A gente teve bons anos de parceria. Só que depois, quando veio o Messi, acho que ele ficou um pouco enciumado, acho que não queria me dividir com ninguém. Aí começaram as brigas, as mudanças de comportamento", comentou.
Sobre o PSG, as declarações não foram animadoras na mesma medida. Para ele, o "trio perfeito" que o clube construiu com ele, Mbappé e Messi falhou por conta do ego dos atletas que precisaram enfrentar uma disputa de estrelas.
"Ego é bom, só que você tem que saber que você não joga sozinho. Tem que ter o outro cara do lado. Ego era de quase todo mundo. Não tem como dar certo. Se ninguém correr e ninguém se ajudar, é impossível ganhar alguma coisa", avaliou.
Apesar dos comentários recorrentes no mundo da bola de que ele não deveria ter deixado o Barcelona, principalmente após a declaração de que Messi teria dito que o tornaria melhor do mundo no clube catalão, Neymar ainda acredita que o ponto alto de sua carreira foi no francês.
"Não saí do Barça com o pensamento de ser o melhor do mundo. Na minha última semana no Barcelona, o Messi me perguntou: ‘Você está indo embora por quê? Você quer ser o melhor do mundo? Eu vou te fazer o melhor do mundo.’ Mas não era isso, eram outras coisas pessoais. Lógico que, financeiramente, era muito melhor do que no Barcelona e tinha os brasileiros que jogavam lá, Thiago Silva, Marquinhos, Daniel Alves e o Lucas, eram todos meus amigos. Fui arriscar, mas não foi com o pensamento de ser o melhor do mundo", afirmou.
"Meu auge, meu prime foi no PSG. Jogando do jeito que eu estava no PSG, com certeza eu seria Bola de Ouro. Só que eu tive essas lesões, elas acabaram prejudicando. É óbvio que todo jogador quer ser Bola de Ouro. Mas não é algo que vai acabar com a minha vida", completou.
Apesar dos bons momentos no PSG, o jogador não deixou de comentar sobre a superação que viveu em sua chegada ao Barcelona, com apoio essencial de Messi em uma fase de adaptação dificílima ao chegar na Europa.
"Teve um dia que me deu um desespero total, eu fui para um intervalo do jogo contra o Athletic Bilbao com muita raiva, comecei a chorar. Aí o Messi bate na porta e pergunta por que estou chorando, eu respondi que era nada, ele falou que estava ali para me ajudar e que era para jogar o futebol que eu estava jogando no Santos, sem pressão. Falou que eu podia contar com ele. Depois dali, comecei a entrar com mais confiança, mais animado e as coisas começaram a dar certo", contou.