Mesmo com vitória fora de Salvador, Carpini opta por acalmar os ânimos:’ Manter os pés no chão'

Com o resultado contra o Fluminense, o Vitória agora se encontra na 15ª colocação

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  • Alan Pinheiro

Publicado em 28 de junho de 2024 às 06:00

Mesmo após o Vitória vencer o Fluminense, o técnico Thiago Carpini preferiu
Mesmo após o Vitória vencer o Fluminense, o técnico Thiago Carpini preferiu "manter os pés no chão" Crédito: Victor Ferreira/EC Vitória

Depois de voltar ao Z-4, o Vitória foi ao Maracanã derrotar o Fluminense e dar um novo respiro da zona de rebaixamento. Apesar do clima de comemoração ao final da partida, o técnico Thiago Carpini - durante entrevista coletiva - decidiu acalmar os ânimos da equipe e traçar o real objetivo do Leão no Campeonato Brasileiro.

“O resultado no futebol é imediatista. Fizemos um jogo melhor contra o Bragantino e não ganhamos. O jogo anterior me deixou muito feliz e a gente vem pontuando. Ficamos felizes por essa resposta positiva para mostrar a força da instituição também fora de Salvador. Hoje foi muito importante não sofrer gols. Em momento algum joguei a toalha. Muita coisa ainda vai acontecer na temporada e precisamos seguir de maneira gradativa com os pés no chão”, pontuou.

O cenário visto na partida contra o Fluminense foi de muito equilíbrio durante os 90 minutos. No entanto, as mudanças realizadas pelo comandante da equipe rubro negra foram determinantes para o placar final, já que Zé Hugo e Janderson - responsáveis pela jogada do gol - entraram na etapa final.

“As alterações foram muito importantes. A gente soube explorar o momento turbulento do adversário, da necessidade de fazer resultado e a responsabilidade de vencer o Vitória. Abrimos seis pontos deles. Não tínhamos um lateral esquerdo no banco e o Rául [Cáceres] entrou muito bem defensivamente. É um atleta que tinha pouco espaço e é nosso desafio recuperar pessoas”, respondeu sobre as mudanças feitas.

“Quando eu entendi que o Fluminense se expôs com as mexidas, eu entendi que era possível vencer a partida. As mudanças [do Vitória] não foram o que planejamos durante a semana, mas sim em cima do que o adversário fez”, completou.

O comandante do Leão também comentou que o time estava jogando para pontuar, mas assim que percebeu os movimentos do adversário, o objetivo mudou. Com isso, o técnico disse que sai com sensação de dever cumprido. Porém, apesar do sentimento, Carpini fez questão de esclarecer que a luta do Vitória na competição continua.

“Vai ser assim até o final. Eu acho que a grande virtude do Vitória é reconhecer suas limitações. Estávamos na série B e o nosso campeonato é esse, de permanência. É uma competição nossa de recuperação, de erro zero. As nossas carências eu já sabia quando aceitei o desafio e durante o processo ainda tivemos ainda mais dificuldades. O treinador teve que se adaptar, mas eu atribuo isso à entrega e ao compromisso. Soubemos sofrer contra uma equipe muito qualificada. Por mais que houvesse a troca de comando, a gente sabia que a competitividade precisava acontecer porque não faltaria do lado do Fluminense”, disse.

Com o sucesso na busca por voltar a respirar no campeonato, o clube baiano não vai ter muito tempo para comemorar, já que encara o Athletico-PR neste domingo (30), no Barradão.

Veja outros trechos da coletiva de Thiago Carpini:

Troca de Matheuzinho

“Todas as alterações que a gente faz é para corrigir taticamente o que não acontece da maneira que imaginamos e tem que se levar em consideração o desgaste físico também. Não foi só isso, mas uma questão do jogo. Entendi que precisávamos controlar mais a bola no momento onde estávamos piores na partida e o Jean entregou isso”.

Minutos finais

“Momento onde entendemos que era possível, mediante a exposição do adversário. Nós vamos sofrer ainda na competição. Viramos a página, mas vamos ter momentos difíceis e a gente sabe o nosso desafio”.

Equilibrar resultado e desempenho

“Pés no chão. É manter esse desejo de sermos melhores, de evoluir coletivamente. O resultado do profissional é avaliado pelas vitórias. É normal, mas tem outros atributos que precisam de mais tempo e às vezes a gente não consegue. É uma cultura que vai levar mais tempo no Brasil para mudar. Depois do São Paulo, [o Vitória] é uma grande oportunidade na minha vida. Voltei a ser eu”.

Característica do Fluminense

“A saída de bola do Fluminense com toda a característica do trabalho do Diniz eu imaginei que fosse uma equipe com menos riscos nessa construção. Nos preparamos para as duas situações. Por mais que houvesse a troca, foi muito pouco tempo para trocar. Teve um pouco da ideia do Marcão nesse jogo”.

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