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Medina defende piscina de ondas para as Olimpíadas de Los Angeles

Surfista brasileiro enfrentou mar sem ondas na disputa que levou à sua eliminação

  • Foto do(a) author(a) Marina Branco
  • Marina Branco

Publicado em 8 de novembro de 2024 às 15:01

Gabriel Medina
Gabriel Medina Crédito: Willian Lucas/COB

Após muitas polêmicas pela falta de ondas nos mares de Teahupo'o durante provas de surfe nas Olimpíadas de Paris, ainda não há uma definição quanto ao local onde as disputas acontecerão nos Jogos Olímpicos de 2028. Gabriel Medina, ídolo do surfe brasileiro, se pronunciou a favor do uso de piscinas de ondas para realização de provas.

Na última terça-feira (5), Medina participou de um encontro em um teatro de São Paulo, com a presença de Filipe Toledo, também surfista brasileiro. O evento marcou o lançamento de um clube com piscina de ondas, que será inaugurado no ano que vem.

Medina e Toledo, responsáveis pela conquista de sete das últimas dez temporadas do Circuito Mundial de surfe, se reencontrarão no campeonato no ano que vem, após alguns anos afastados por questões de saúde mental.

Na conversa, os dois comentaram sobre a famosa ‘Brazilian Storm’, a tempestade brasileira que demonstra imensa força nos campeonatos de surfe, além da possibilidade de uso de piscina de ondas nas próximas Olimpíadas. A próxima temporada começa em janeiro, e conta com onze surfistas na WSL masculina.

“A gente tem que estar pronto para qualquer situação. Eu gosto da piscina. Eu amo o mar. Claro que eu tive uma situação que eu nunca passei na minha vida. Que foi agora em Teahupo'o. Que não veio onda. Faz parte. O mar tem o seu lado misterioso, que é legal, que deixa o esporte legal”, comentou Medina em entrevista ao Globo Esporte.

“A piscina de onda é algo mais certo, mais performance. Os dois seriam legais. Nos Estados Unidos, eu escolheria uma piscina. Se for no Havaí, eu fico com o Havaí”, completou.

Medalhista de bronze, Medina foi muito prejudicado pela falta de ondas nos Jogos Olímpicos de Paris, ao passar mais de 20 minutos no mar sem ondas durante sua prova da semifinal, contra o australiano Jack Robinson.

Ainda não há uma definição sobre o uso de piscinas de ondas nas próximas Olimpíadas, mas ao que tudo indica, se for decidida a mudança, as provas aconteceriam na piscina de ondas do surfista americano Kelly Slater, o Surf Ranch. A estrutura já recebeu algumas etapas da liga mundial de surfe.

Caso não aconteçam na piscina de Slater, as provas poderiam ser em Trestles, Huntington Beach ou no Havaí, palco da WSL 2025.

“Há rumores que vai ser na praia, mas tudo pode acontecer, acho que até lá existem grandes possibilidades de mais piscinas de onda surgirem. Acho que na época que vai acontecer e onde vai acontecer, de repente, a piscina de onda seria algo mais certo. Mas o que vier pra gente, a gente tem que estar preparado”, comentou Toledo.

Calendário completo do surf em 2025:

  • Pipeline, Havaí - 27 de janeiro a 8 de fevereiro
  • Surf Abu Dhabi, Abu Dhabi - 14 a 16 de Fevereiro
  • Peniche, Portugal - 15 a 25 de Março
  • Punta Roca, El Salvador - 2 a 12 de Abril
  • Bells Beach, Austrália - 18 a 28 de Abril
  • Snapper Rocks, Austrália - 3 a 13 de Maio
  • Margaret River, Austrália - 17 a 27 de Maio
  • Lower Trestles, EUA - 9 a 17 de Junho
  • Saquarema, Brasil - 21 a 29 de Junho
  • Jeffreys Bay, África do Sul - 11 a 20 de Julho
  • Teahupo’o, Taiti - 7 a 16 de Agosto
  • WSL Finals: Cloudbreak, Fiji - 27 de Agosto a 4 de Setembro