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Alan Pinheiro
Publicado em 29 de outubro de 2024 às 05:00
A campanha de recuperação do Vitória no returno do Campeonato Brasileiro chegou em um novo capítulo. Após os dois resultados positivos em sequência, diante do Red Bull Bragantino e Fluminense, o Leão agora aparece com o 6º melhor desempenho na segunda metade da Série A, com 20 pontos conquistados nos 12 jogos disputados. Um feito que tirou o clube da zona de rebaixamento: neste momento, o rubro-negro é o 14º colocado geral, com 35 pontos totais.
Os jogadores que saíram do banco de reservas tiveram influência direta nessa retomada. Afinal, participaram de quase um terço dos gols marcados pelo time nos últimos 12 compromissos.
Durante o primeiro turno, o Vitória terminou com apenas 15 pontos conquistados e a necessidade de se reinventar para se salvar do retorno à segunda divisão em 2025. Para isso, seis reforços chegaram com a missão de ajudar o Leão. Entre partidas como titulares e esporádicas participações ao decorrer dos confrontos, esses atletas se juntaram ao restante do elenco para dar mais opções ao treinador Thiago Carpini.
“Não interessa quem começa, quem tem mais ou menos minutos. Todos fazem parte do processo. Eles ajudam a melhorar o nível do treino. Quero exaltar a força coletiva do Vitória, que tem sido fundamental”, destacou o comandante.
Fato é que o torcedor rubro-negro viu os reservas participarem diretamente de cinco dos 16 gols marcados pelo clube no segundo turno da Série A - um número que equivale a 31,3% dos tentos do Leão neste recorte.
Saindo do banco, o centroavante Alerrandro contribuiu com assistências nas partidas contra Palmeiras (para o gol de Matheuzinho) e Cuiabá (para Wagner Leonardo) nos dois primeiros jogos do returno. Já o atacante Janderson deu o último passe para Matheuzinho marcar sobre o Atlético-GO, enquanto o volante Ricardo Ryller foi o garçom de Alerrandro diante do Atlético-MG. Já no confronto contra o Red Bull Bragantino, Carlos Eduardo deu a assistência para o gol de Everaldo - que, por sua vez, também havia saído do banco.
Na conta de Carpini, porém, mais um gol pode ser adicionado à lista. Em entrevista coletiva após a vitória sobre o Fluminense, o técnico exaltou o esforço de Carlos Eduardo pela recuperação da bola e o passe no lance que terminou com Matheuzinho sofrendo pênalti.
“Mais uma vez, eu queria ressaltar, no jogo passado, Everaldo saiu do banco e fez a diferença [contra o Bragantino]. Nesse jogo, foi o Carlinhos. Para mim, o gol foi dele. [Carlos Eduardo] pressionou quatro jogadores do Fluminense, essa imagem é muito forte. (...) O que ele fez foi a imagem da nossa recuperação”, exaltou.
Sem descarte
Enquanto uns têm a oportunidade de entrar em campo e fazer a diferença diretamente, outros podem ajudar a equipe de outras formas. Com um elenco curto, Carpini destacou que é preciso também pensar naqueles que não estão conseguindo desempenhar o melhor futebol, como o meia Jean Mota
“Cada oportunidade que eles têm de participar são mais alternativas para nós. Temos um grupo curto. Eu tenho a mania de não desistir das pessoas. Sei que o Jean [Mota] foi criticado, mas a gente não desiste de ninguém. Ele é um cara trabalhador. Assim como o Edu. Não podemos descartar as pessoas”, disse.
O zagueiro, inclusive, teve a missão de substituir o capitão Wagner Leonardo diante de um adversário direto na briga contra o rebaixamento. Contra o Fluminense, o jogador ganhou metade dos duelos disputados no chão e aéreos, além de acertar 92% dos passes no confronto.
“Particularmente, foi um dia especial. A vitória sempre será o mais importante e veio coroar nossa semana de trabalho, que foi muito bem feita por todos. Paralelamente a isso, poder entrar em campo, contribuir com a equipe fazendo o que mais amo, é motivo de muita alegria para mim”, disse o jogador sobre a oportunidade.