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Alan Pinheiro
Publicado em 30 de agosto de 2024 às 05:00
Após amargar uma derrota fora de casa contra o São Paulo, o Vitória vai voltou a Salvador para a 25ª rodada da Série A, que será realizada no domingo (1º), contra o Vasco. Além de assumir o posto de pior defesa do campeonato e apenas o 14º melhor ataque, o Leão chega para o novo confronto com um novo apelido: time de segundo tempo. Isso porque, dentre todos os gols feitos e sofridos pela equipe rubro-negra no Campeonato Brasileiro, mais da metade ocorreram na etapa final das partidas.
Ofensivamente, o clube baiano balançou as redes em 26 oportunidades na Série A. Foram apenas sete jogos em que a equipe saiu de campo com o zero no placar. Portanto, marcou gols em outros 17 embates. Dessa marca, a conclusão é de que as substituições realizadas e/ou os ajustes feitos nos intervalos tem surtido efeito no jogo do Leão, já que 15 dos 26 gols aconteceram na etapa final das partidas, cerca de 58%.
Em relação aos jogadores que começam no banco, o Vitória teve seis gols com participações diretas desses atletas na etapa final dos jogos, com destaque para Zé Hugo, com um gol e uma assistência, e Alerrandro, com dois passes para gols. Além deles, Iury Castilho, Culebra e Everaldo balançaram as redes dos adversários e o lateral PK contribuiu com um passe para gol.
Por outro lado, o início das partidas não costuma ter muita inspiração ofensiva da equipe vermelha e preta. Nas 11 oportunidades em que o time conseguiu marcar ainda no primeiro tempo, o levantamento mostrou que o Leão tem a tendência de fazer os seus gols nos 15 minutos finais. Cinco foram feitos depois do minuto 30, enquanto apenas dois ocorreram nos primeiros 15 minutos e outros quatro entre essas duas marcas.
De forma paralela, os números defensivos seguem uma métrica parecida com o ataque, já que 23 dos 38 gols que o Vitória sofreu na competição aconteceram no segundo tempo. Ou seja, 60%. Foi assim que o Leão deixou de ganhar jogos contra Cruzeiro, Grêmio, Botafogo, Athletico-PR, Vasco e Bahia (no primeiro turno).
Apesar da volta do intervalo melhor ofensivamente, a equipe costuma também sofrer para segurar os adversários. Somente nos 15 minutos finais do jogo, foram dez oportunidades em que o Leão teve as redes vazadas, sendo que quatro desses gols ocorreram a partir dos 90 minutos (Corinthians, Grêmio, Flamengo e Bahia).
Da mesma forma que o clube tem as redes vazadas ao final dos jogos, os últimos 15 minutos do primeiro tempo também segue a tendência de desatenção da equipe, com 21% dos tentos acontecendo nessa faixa de tempo. Considerando apenas as vezes em que Lucas Arcanjo foi vazado na competição, quase metade dos gols aconteceram nos últimos 15 minutos de cada tempo. Foram 18 oportunidades em que essa marca negativa se repetiu nos 38 gols que o Vitória concedeu na Série A.
Levando em consideração todos os 64 gols que ocorreram em jogos do Vitória no atual Campeonato Brasileiro, o torcedor do Leão concentrou suas reações, seja de delírio ou de insatisfação, nos 45 minutos finais dos jogos, ainda com predomínio dos últimos momentos da partida. 38 dos 64 gols ocorreram na etapa final, o que equivale a - aproximadamente - 60%. Desses tentos, marcados pelo clube rubro-negro ou pelos adversários, pouco menos da metade (17 de 38) foram marcados após o minuto 75.