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Alan Pinheiro
Publicado em 3 de fevereiro de 2025 às 15:27
O lutador americano Bryce Mitchell, da categoria pena do UFC, afirmou que Adolf Hitler "era um cara legal" e endossou o discurso antissemita do regime nazista. Na visão de Mitchell, o alemão tinha interesses nacionalistas e acrescentou que sua opinião é baseada em pesquisa própria. A afirmação foi dita durante um episódio do seu podcast ‘ArkanSanity’, no YouTube.>
"Sinceramente, acho que Hitler era um cara legal, com base em minha própria pesquisa, não em minha educação pública e doutrinação. [...] Ele lutou por seu país, ele queria purificá-lo expulsando os judeus gananciosos que estavam destruindo seu país e transformando todos eles em gays", disse o americano, nascido no Arizona. >
O presidente do UFC, Dana White, diz que a declaração lhe provocou "mais do que desgosto", mas decidiu não punir o lutador pelo discurso vergonhoso. Integrantes da comunidade do MMA pediram a expulsão de Mitchell do esporte. No sábado (1º), o americano de 33 anos usou as redes sociais para se desculpar das declarações.>
“Sinto muito se soei insensível. Eu definitivamente não estava tentando ofender ninguém, mas eu sei que ofendi. Sei que muitas pessoas morreram no Holocausto, e isso é um fato. Hitler fez muitas coisas más, eu acho que todos podemos concordar com isso. Eu definitivamente não sou um nazista, e definitivamente não compactuo com nenhuma das perversidades que Hitler cometeu”, declarou Bryce.>
Aproximadamente 2,7 milhões de judeus foram assassinados em centros de extermínio. O regime nazista criou cinco centros de extermínio especificamente para assassinar judeus por asfixia utilizando gás venenoso: Chełmno, Belzec, Sobibor, Treblinka e Auschwitz-Birkenau.>
Cerca de 2 milhões de judeus foram assassinados em operações de fuzilamento em massa e massacres concomitantes. Entre 800 mil a 1 milhão de judeus foram assassinados em guetos, campos de trabalho escravo e campos de concentração. Pelo menos 250 mil judeus foram assassinados em outros atos de violência fora dos campos e guetos.>
Além disso, o regime nazista de Hitler realizou uma campanha contra a homossexualidade masculina e perseguiu os gays entre 1933 e 1945. Eles também prenderam um grande número de homens gays usando como justificativa o parágrafo 175 do estatuto do código penal alemão, que proibia as relações sexuais entre homens. Durante o período nazista, a polícia prendeu cerca de 100 mil homens por supostamente violar esse estatuto. Aproximadamente 50% deles foram condenados. Em alguns casos, isso levou à prisão em campos de concentração.>