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Estadão
Publicado em 30 de setembro de 2024 às 14:24
Dikembe Mutombo, uma das lendas da National Basketball Association (NBA), morreu nesta segunda-feira (30), aos 58 anos, vítima de um câncer no cérebro. A informação foi confirmada por Adam Silver, comissário da liga. Natural do Congo, entrou na NBA em 1991, no Denver Nuggets, e teve passagens por franquias como Atlanta Hawks, Philadelphia 76ers e encerrou sua carreira em 2009, no Houston Rockets. >
Mutombo tratava o tumor desde 2022, na cidade de Atlanta, na Geórgia. À época, sua família pediu privacidade durante o "momento delicado" pelo qual o ex-jogador passava. Ao longo de sua carreira, se tornou o segundo jogador com mais tocos na história da NBA, tendo sido eleito quatro vezes como o melhor defensor do ano, ao longo dos 18 anos em que esteve em quadra.>
Membro do Hall da Fama da NBA, Mutombo nasceu na República Democrática do Congo em 1966, como um dos um dos dez filhos de Samuel e Biamba Marie Mutombo. Ele chegou aos Estados Unidos em 1987 para estudar na Universidade de Georgetown, com uma bolsa de estudos financiada pelo Estado.>
Com destaque no basquete americano universitário, Mutombo foi selecionado pelo Denver Nuggets no Draft de 1991, com a quarta escolha geral. Nos seus primeiros anos na liga, para se estabelecer como um dos principais nomes defensivos, desenvolveu a prática de fazer um sinal de negativo com o dedo após cada bloqueio. Isso fez com que Mutombo fechasse contratos de patrocínio com grandes empresas, como a Adidas.>
Nos seus 18 anos na NBA, Mutombo teve média de 9,8 pontos, 10,2 rebotes e 2,8 tocos por jogo. Além dos Nuggets, defendeu o Atlanta Hawks, Philadelphia 76ers, New Jersey Nets (atual Brooklyn Nets), New York Knicks e Houston Rockets.>
Fora das quadras, foi reconhecido pelos seus feitos em ações humanitárias. Em 2004, participou do programa Basquete Sem Fronteiras da NBA, quando viajou pela África para divulgar o esporte e melhorar a infraestrutura do continente. Também foi responsável por fundar a Fundação Dikembe Mutombo no Congo. Os esforços nessa área lhe renderam o Prêmio de Cidadania J. Walter Kennedy da NBA em 2001 e 2009, que é concedido pela ações de jogadores e treinadores junto à comunidade.>
"Tive o privilégio de viajar pelo mundo com Dikembe e ver em primeira mão como a sua generosidade e compaixão elevaram as pessoas. Ele sempre esteve acessível nos eventos da NBA ao longo dos anos - com o seu sorriso contagiante e a sua voz profunda e estrondosa - e o movimento característico do dedo que o tornou querido pelos fãs de basquete de todas as gerações", pontuou o comissário da NBA.>
"O espírito indomável de Dikembe continua naqueles que ele ajudou e inspirou ao longo de sua vida extraordinária. Sou uma das muitas pessoas cujas vidas foram tocadas pelo grande coração de Dikembe".>