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Marina Branco
Publicado em 31 de dezembro de 2024 às 12:14
Mais uma vez, a justiça desfavorece a permanência de Dani Olmo no time do Barcelona, que teve suas acusações negadas pelo Tribunal de Primeira Instância 47 da cidade. O processo envolvendo clube e jogador gira em torno de descumprimento de Fair Play Financeiro, e vem sendo travado contra a La Liga. >
A intenção do clube é, acima de tudo, inscrever o recém-contratado no Campeonato Espanhol, para que possa contar com ele nos jogos. No entanto, para ser considerado na segunda metade do campeonato, que começa a partir de janeiro, é necessária a liberação da liga. >
Com isso, a situação precisa ser regularizada até hoje (31), para que não seja deixada para a próxima temporada do Campeonato Espanhol, quando a regulamentação da segunda etapa da temporada atual é finalizada. >
Caso nada seja solucionado, Olmo poderá rescindir seu contrato unilateralmente, ficando livre para transferências no mercado. >
Tudo começou em agosto de 2024, quando Dani Olmo foi vendido do RB Leipzig ao Barcelona por cerca de 340 milhões de reais. Apesar de integrar o elenco desde o início do mês, foi apenas no dia 28 que ele foi inscrito na La Liga, pelas regras de checagem do Fair Play Financeiro que limitam a folha salarial dos jogadores. >
Apesar das complicações, ele teve uma liberação especial para entrar em campo no Campeonato Espanhol devido à lesão no tendão de Aquiles de Andreas Christensen, que desfalcou o Barcelona. >
Com a saída dele, o meia teve uma chance a partir de uma brecha no regulamento, que autoriza que 80% do salário de um atleta seja descontado na prestação de contas em caso de problemas físicos graves.>
No entanto, isso só era válido para a primeira etapa do torneio, que termina no final de 2024. Para seguir com o jogador, é necessário abrir espaço na folha salarial do clube culé, o que levou o Barcelona a recorrer à Justiça. >
O mesmo está acontecendo com Pau Víctor, recém-chegado do Girona, que também tem seu processo em tramitação para prolongar sua inscrição na La Liga até o final da temporada. >
Com a negativa da última segunda, já são duas recusas da Justiça ao Barcelona, que terá que aumentar sua fonte de receita para atingir o objetivo. A principal esperança está no patrocínio recém-assinado com a Nike, mas que ainda assim, não soluciona tudo, já que pagará o clube ao longo de 14 anos.>
Em resposta à situação, a La Liga emitiu uma nota, esclarecendo as normas de equilíbrio orçamentário e as decisões tomadas pela entidade: “A LALIGA considera que, diante da solicitação de medidas cautelares dessa natureza, não seja feita exceção à aplicação de um preceito das Normas de Elaboração de Orçamentos da LALIGA que tem sido aplicado até o momento de forma igual a todos os clubes, evitando, assim, a alteração grave da igualdade de condições nas regras da competição”. >
“Princípio que tem norteado a atuação da LALIGA, especialmente quando a própria Lei do Esporte sublinha que o Controle Econômico ‘tem sido verdadeiramente útil para garantir a viabilidade e a integridade das competições’, e quando, no passado, os tribunais respaldaram explicitamente esses mecanismos”, completou.>