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Estadão
Publicado em 2 de outubro de 2024 às 16:22
A Justiça da Argentina autorizou a remoção do corpo de Diego Maradona de um cemitério particular para um mausoléu público que está em construção em Buenos Aires. As autoridades decidiram atender a um pedido das filhas jogador. O tribunal em San Isidro emitiu a decisão nesta terça-feira.
"Sempre soubemos que o lugar dele era com as pessoas, mas também entendíamos que todas as garantias de segurança eram uma prioridade", disse Dalma Maradona, uma das filhas do craque argentino, em seus canais de mídia social. "O que queremos é que aqueles que o amam possam ir e mostrar seu amor a ele e deixar algumas margaridas", completou a filha.
Considerado por muitos o maior jogador da história da Argentina, Maradona foi o grande nome da seleção de seus País na conquista do título da Copa do Mundo de 1986, no México. De acordo com a autópsia, a causa da morte foi um "edema pulmonar agudo secundário à insuficiência crônica agudizada".
O corpo de Maradona foi enterrado no cemitério Jardín de Bella Vista, que fica cerca de 50 quilômetros de distância da capital Buenos Aires.
O tribunal concedeu os direitos de remoção aos cinco filhos de Maradona devido a "razões humanitárias e emocionais". Também acrescentou que sua família deve decidir quando fazer o traslado do corpo.
Os restos mortais do jogador vão ser transferidos para um mausoléu que será chamado de "M10 Memorial", e foi introduzido em 2023 em uma cerimônia com a presença da maioria dos filhos de Maradona. Um panteão está sendo construído no bairro nobre de Puerto Madero.
A morte do camisa dez continua sendo alvo de suspeitas e vem sendo investigada. Um relatório divulgado em 2021, a pedido do Departamento de Justiça da Argentina, indicou que o Maradona teria morrido por falta de cuidados da equipe médica responsável pelo seu estado de saúde.
Oito pessoas, incluindo médicos e enfermeiros, devem ir a júri por sua suposta responsabilidade na morte de Maradona devido a uma parada cardiorrespiratória.