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Jornalista Bruno Queiroz morre aos 34 anos e deixa legado de magia

Ele lutava contra um câncer

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 20:40

Bruno Queiroz
Bruno Queiroz Crédito: Divulgação

O Bahia agora tem três estrelas. Duas no peito e uma no céu - a que brilha mais forte. Morreu nesta sexta-feira (17) o jornalista Bruno Queiroz, aos 34 anos, vítima de câncer. Ele estava internado no hospital Santa Izabel - informações do velório ainda não foram divulgadas.

Funcionário do time de comunicação do Bahia desde 2019, Bruno era apaixonado pelo que fazia. Desde que descobriu a doença, em 2022, uma das suas perguntas mais recorrentes feitas aos médicos era: "posso continuar trabalhando?". O Bahia era a terapia, o amor, a paixão, o chão. A sanidade, a saúde mental, o afago. Era quem tranquilizava o coração dele, mesmo nos jogos mais difíceis.

Bruno não perdeu a luta contra o câncer. Ele descansou. Foi um guerreiro e esteve com o Bahia até o último jogo oficial do ano passado, contra o Atlético Goianiense. Naquela ocasião, o Bahia venceu por 2x0 e fez história, garantindo a classificação para a Libertadores após 35 anos. A última vez tinha sido um ano antes de Bruno nascer.

Naquele dia 8 de dezembro, Bruno estava em campo, sorrindo com o coração e com a alma. Ele estava feliz. No vestiário, foi homenageado pela delegação e puxou a reza junto com o elenco. Aquela conquista sempre foi para ele e por ele, não tem quem pense diferente disso.

Em outubro do ano passado, o tricolor lançou uma camisa em homenagem a Bruno, cujas vendas tiveram valor revertido integralmente às Obras Sociais irmã Dulce. No peito, a frase estampada era "O que me cura todo dia é o Bahia", dita por ele nos bastidores de uma partida. Ele chegou a tatuar as palavras no braço.

Antes de ir para o Bahia, Bruno teve uma passagem pelo CORREIO. Uma das mentes mais criativas e brilhantes do jornal, era conhecido por sua gentileza e genialidade, que sempre renderam títulos incríveis. Ele também passou pos rádios como Tudo FM, Transamérica e CBN.

Sem o crachá no peito, Bruno era amor. Da cabeça aos pés. Filho de Maria Clara e Sérgio (Serjão, como nos ensinou a chamar) aprendeu e ensinou muito sobre afeto, acolhimento, empatia e piadas ruins, como a que ele fazia com o aniversário da esposa, Giulia, que fazia aniversário em 'giulio' (julho). Irmão de Tiago e Amanda, e padrinho de Luna, fazia questão de incluir a família em todos os momentos especiais da sua vida. Só que ele tinha um coração grande demais, e a família cresceu, levando os amigos como irmãos. 

Fluente em espanhol (ele acreditava nisso), era divertido e nunca deixava ninguém na mão, nem mesmo pessoas com as quais ele não tinha proximidade. Bruno era bom. Talvez não jogasse tanta bola quanto imaginava dentro das quatro linhas, já que ele mesmo se apelidava de Brumessinho Gaúcho (um híbrido de Bruno Queiroz, Messi e Ronaldinho Gaúcho), mas, fora delas, ele foi o maior craque que já vimos brilhar.

Bruno era, é e sempre será magia, como ele mesmo nos ensinou. Era também o amor da vida de muita gente. Obrigada por tudo, Buba. A vida foi muito melhor com você por aqui.

*Esse é o texto mais difícil que eu já escrevi na minha vida. Bruno era meu padrinho de casamento e um dos melhores amigos que Deus poderia ter me dado. É também uma homenagem de todo o time do CORREIO, lugar onde ele sempre foi muito amado. Obrigada por tudo. Espero que no céu não tenha azeitona.