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Ir para a academia em jejum ajuda a emagrecer? Entenda

A nutricionista Carol Dias explicou ao CORREIO sobre a dúvida

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 15 de março de 2025 às 09:00

Imagem Edicase Brasil
Jejum ajuda no emagrecimento? Crédito: Shutterstock

Praticar uma atividade física, como corrida, ciclismo ou musculação, possui muitos benefícios para a saúde do corpo e promove o bem-estar da pessoa. Ao mesmo tempo, dúvidas surgem nos praticantes sobre os processos que envolvem o ato de se exercitar, envolvendo principalmente a perda de peso. A nutricionista Carol Dias explicou que ir à academia durante um período de jejum não é uma regra para emagrecer mais rápido.

Segundo a especialista, treinar em jejum vai ajudar na oxidação de gordura, mas isso não significa que você vai emagrecer mais rápido. Ainda de acordo com Carol Dias, o treino em jejum como uma estratégia não vai funcionar para todas as pessoas, já que o individual prevalece. Caso contrário, tontura, fraqueza e até perda de massa muscular podem ser sentidos.

"Tudo depende do metabolismo e corpo. Somos seres individuais. O que funciona para um, muitas vezes, não funciona para o outro"

Carol Dias

Nutricionista

Impactos do jejum intermitente no cérebro e no intestino

Um estudo chinês publicado recentemente no periódico científico Frontiers in Cellular and Infection Microbiology mostrou que o jejum intermitente e contribui para a perda de peso de pessoas com obesidade. Além disso, a pesquisa também identificou que regiões cerebrais e espécies bacterianas intestinais também respondem a essa dieta e revelou uma correlação dinâmica entre o cérebro e a microbiota intestinal. O jejum intermitente se trata de uma estratégia alimentar que implica alternar entre períodos de alimentação e de jejum.

“As mudanças observadas comprovam a ligação no eixo intestino-cérebro, no qual ainda não se sabe ao certo quem influencia quem, mas as alterações na atividade cerebral – detectadas através de exames de ressonância magnética funcional – ocorreram em regiões que atuam na regulação do apetite e do vício, que acontecem na região cerebral do giro orbital frontal inferior”, explica o Dr. Fernando Gomes, neurocirurgião, neurocientista e professor livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Os cientistas do estudo acreditam que o microbioma intestinal se comunica com o cérebro de uma forma complexa e bidirecional, pois observaram que o microbioma produz neurotransmissores e neurotoxinas que acessam o cérebro através dos nervos e da circulação sanguínea.

“O que nos comprova então que o jejum intermitente, além de ajudar na perda de peso, pode auxiliar para o cérebro trabalhe mais a favor do controle alimentar e, assim, evite as compulsões por alimentos em excesso que levam a obesidade”, ressalta o médico.