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Ídolo do Botafogo, Internacional e Seleção, ex-goleiro Manga morre aos 87 anos

Ex-jogador lutava contra um câncer e estava internado no Rio de Janeiro

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Giuliana Mancini

  • Estadão

Publicado em 8 de abril de 2025 às 10:59

Manga, ídolo do Botafogo
Manga, ídolo do Botafogo Crédito: Vítor Silva/BFR

O ex-goleiro Haílton Corrêa de Arruda, o Manga, morreu na manhã desta terça-feira (8), aos 87 anos. Ídolo do Botafogo e Internacional e titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, ele enfrentava um câncer de próstata nos últimos anos e estava internado no Hospital Rio Barra, no Rio de Janeiro.

A morte de Manga foi anunciada pelo próprio Botafogo. "É com enorme pesar que comunicamos o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, nosso inesquecível ex-goleiro e ídolo Manga, aos 88 anos, no Hospital Rio Barra".

O presidente do Botafogo associativo, João Paulo de Magalhães Lins, prometeu homenagens ao ídolo alvinegro e ofereceu o salão nobre de General Severino para a realização do velório. "Faremos todas as homenagens a esse gigante de nossa história, que seguirá eternamente vivo em nossos corações", afirmou o dirigente.

Manga é considerado um dos grandes goleiros da história do futebol brasileiro. Nascido no Recife, ele iniciou sua carreira no Sport, no qual foi tricampeão pernambucano (1955, 1956 e 1958). Mas se tornou conhecido em nível nacional e mundial ao brilhar no Botafogo entre 1959 e 1968.

Ele participou de quatro conquistas do Campeonato Carioca (1961, 1962, 1967 e 1968) e duas do Torneio Rio-São Paulo (1962, 1964 e 1966). Manga era uma das referências de duas grandes formações do Botafogo, que na época rivalizava com o Santos pelo título simbólico de melhor time do Brasil, nas temporadas 61 e 62, e 67 e 68.

Com o destaque no alvinegro carioca, Manga ganhou espaço na seleção brasileira e chegou a ser titular na Copa do Mundo de 1966. Ele compôs a equipe ao lado de lendas, como Garrincha, Zagallo, Nilton Santos, Didi, Gérson e Jairzinho.

Depois de brilhar no Botafogo, o goleiro também se destacou no Nacional. Pela equipe uruguaia, foi campeão da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes, ambos em 1971. Faturou ainda quatro títulos nacionais no país vizinho. Ele passou ainda pela dupla Gre-Nal, com maior destaque pelo time colorado, onde também se tornou ídolo - foi bicampeão brasileiro (1975 e 1976) e tri gaúcho. Também defendeu o Operário-MS e o Coritiba.

Ele encerrou sua carreira no Barcelona de Guayaquil, do Equador, em 1982, aos 45 anos. Antes disso, foi campeão equatoriano no ano anterior.

Manga também se tornou famoso por não usar luvas numa época em que era comum os goleiros atuarem com a proteção nas mãos. Dizia que não se sentia confortável, uma vez que tinha dedos tortos. Compensava com óleo e areia nas mãos para melhorar a aderência nas defesas.

O jogador se tornou tão simbólico de sua posição em sua época que recebeu homenagem quando ainda estava vivo. O dia do seu nascimento, 26 de abril, se tornou oficialmente o "Dia do Goleiro".