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Estadão
Publicado em 15 de maio de 2024 às 09:40
A Fifa anunciou nesta quarta-feira a criação de um Mundial de Clubes feminino, a ser disputado entre janeiro e fevereiro de 2026. A futura sede da primeira edição da competição ainda não foi definida. O plano da entidade é realizar o evento a cada quatro anos. >
A Fifa também adiantou que o torneio terá a participação de 16 times, embora o Conselho da entidade ainda não tenha definido os critérios de classificação, durante a reunião realizada nesta quarta, em Bangcoc, na Tailândia.>
Sem revelar maiores detalhes sobre o torneio, a Fifa deve reproduzir ao menos em parte o que planeja na primeira nova edição do Mundial de Clubes masculino, que terá 32 clubes e será disputado entre junho e julho do próximo ano, nos Estados Unidos A edição inaugural masculina terá 12 equipes europeias e seis da América do Sul.>
Para a versão feminina da competição, a Conmebol já sinalizou que pretende contar com quatro vagas na nova competição feminina Nos últimos anos, o Brasil vem dominando o futebol feminino na América do Sul. O País venceu as últimas cinco edições da Copa Libertadores, sendo que em duas destas edições o Brasil contou com duas equipes na final. Aconteceu no ano passado, entre Corinthians e Palmeiras e também em 2019, entre o clube alvinegro e a Ferroviária. Nas duas decisões, o Corinthians levou a melhor, somando três títulos em cinco finais. O alviverde e a Ferroviária têm um troféu cada neste período.>
Na Europa, os times dominantes no futebol feminino são Barcelona e Lyon. Juntos, os dois times venceram 10 edições da Liga dos Campeões desde 2011. As duas equipes farão a final da atual edição, no dia 25 deste mês, em Bilbao, na Espanha.>
Nesta quarta, a Fifa também anunciou mais uma competição feminina, em nível mundial, a ser disputado a partir de 2027, nos anos em que não haverá o Mundial de Clubes. A entidade tampouco revelou detalhes sobre esta competição. Mas indicou que teria características de uma "Copa Intercontinental", a ser disputada em dezembro, contando apenas com os campeões continentais, a exemplo do formato antigo do Mundial de Clubes masculino.>
Os anúncios desta quarta visam valorizar o futebol feminino, plano antigo do presidente da Fifa, Gianni Infantino. Para tanto, o dirigente apresentou um conjunto de novas medidas para o futebol feminino, principalmente quanto ao calendário, respeitando o descanso e os direitos das jogadoras que são mães, biológicas ou por adoção.>
"(As novas regras) Reconhecem as dimensões físicas, psicológicas e sociais no caso de incapacidade de prestar serviços de emprego devido a menstruação intensa ou complicações médicas relacionadas com a gravidez", apontou a Fifa, em comunicado. "(Vamos) Incentivar as associações (confederações) a facilitar o apego e o equilíbrio emocional das jogadoras com as suas famílias durante as partidas internacionais pelas seleções.">
Infantino tratou as novas medidas como um "marco importante" no futebol feminino. "O calendário de jogos internacionais femininos e as alterações subsequentes aos nossos regulamentos representam um marco importante no nosso compromisso de levar o futebol feminino para o próximo nível, aumentando a competitividade em todo o mundo, especialmente nas regiões onde o futebol feminino é menos desenvolvido e protegendo o bem-estar das jogadoras", declarou o presidente da Fifa.>