Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Marina Branco
Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 17:37
Allan, jogador do Flamengo, foi denunciado por agressão contra sua ex-mulher, que entrou com uma medida protetiva contra o volante alegando que ele teria invadido a casa onde ela mora e levado os filhos que o ex-casal tem juntos, além de agredi-la verbalmente. Pela primeira vez desde a denúncia, Jordana Holleben se pronunciou sobre o caso, até então negado veementemente por Allan, que afirma estar sendo impedido de visitar os próprios filhos, e somente tê-los pego para tomar um sorvete dentro do condomínio.>
Em nota de esclarescimento, Jordana afirmou que sofreu estrangulamento financeiro, abuso psicológico e agressões verbais por parte do jogador, e por isso decidiu entrar com a medida. "Hoje, escrevo essas palavras com o coração partido, mas também fortalecido. Partido porque jamais imaginei que passaria por tudo o que vivi nos últimos anos. De um amor, veio o medo. De uma paixão, a solidão. De um carinho, atitudes inimagináveis", comentou.>
"De uma tentativa de acordo, um estrangulamento financeiro. Na semana passada, não tive outra escolha senão pedir uma medida protetiva contra a pessoa com quem estive desde os 17 anos e que eu acreditava que me protegeria. Mas, como mencionei, hoje escrevo com o coração fortalecido. Recebi a confirmação de que nós, mulheres, não estamos sozinhas. Que temos, sim, a força necessária para romper com anos de abuso psicológico, agressões verbais e para não aceitar qualquer tipo de violência", relatou.>
Em seu depoimento, Jordana citou inclusive um trecho da decisão que concedeu a medida protetiva solicitada: "A palavra violência pode ter vários significados, sendo utilizada para definir o uso de força física, psicológica ou intelectual para obrigar outra pessoa a fazer algo contra a sua vontade, constranger, incomodar, impedir a outra pessoa de manifestar seu desejo e sua vontade ou de suportar agressões verbais que violem sua honra".>
"Por mais doloroso que seja para mim escrever essas palavras, tenho certeza de que, como mãe, este é o melhor exemplo que posso dar a minha filha. Eu não consegui sair antes. E sei que talvez você, que está lendo, também sinta que não consegue. Eu precisei buscar ajuda. Dos meus amigos e da minha família. Da minha advogada e sua equipe. Da minha psicóloga. Da autoridade policial. Do judiciário que decidiu pela minha proteção, aliviando minha alma", desabafou.>
"Que essa seja uma nova história sendo escrita. E que você, que está lendo, assim como eu, tenha a oportunidade de também escrever novos capítulos. Por fim, afirmo que acredito na Justiça e no rigor da lei. Em respeito a minha família, por ora, não me manifestarei mais sobre esse assunto e permanecerei em sigilo até que todos os procedimentos terminem", completou.>
Allan já havia publicado uma nota em relação à denúncia, afirmando que a casa que foi acusado de invadir o pertence. "A nota publicada diz que, de acordo com a denúncia realizada pela ex-esposa, houve invasão da casa/domicílio em que ela está residindo com os filhos do casal. A informação não é procedente, a partir do momento que o imóvel é de propriedade do atleta", afirma a mensagem.>
"Ou seja, por direito adquirido, possui acesso, sem qualquer proibição, à mesma. Além disso, a nota cita violência física contra a ex-esposa na denúncia realizada. Não houve qualquer situação relacionada à questão, inclusive com provas de vídeo, caso sejam necessárias. Por algumas tentativas, o atleta solicitou à ex esposa visitar os filhos e as mesmas não foram respondidas. Motivo pelo qual, ele foi até seu imóvel para visitar as crianças, único motivo da presença no local", completa. >
A ex do flamenguista Allan Souza entrou com um pedido de medida protetiva contra o jogador após prestar queixa de violência doméstica. Mãe de dois filhos com ele, Jordana foi à Delegacia da Mulher abrir um boletim de ocorrência para impedir que Allan possa se aproximar dela.>
A situação que culminou na medida protetiva aconteceu na última quinta-feira (23), quando Allan foi à casa onde ela mora com os filhos. Segundo a ocorrência registrada por ela no 31º BPM, o jogador "entrou na residência, a empurrou e retirou as crianças (de seis e dois anos), sem combinar com ela previamente, e as levou com ele". Ele foi abordado pela Polícia Militar ainda nas proximidades do bairro onde os filhos moram, e afirmou que estava levando as crianças "apenas para tomarem sorvete no interior do condomínio".>
De acordo com os policiais, as crianças estavam muito abaladas, o que levou à decisão de não encaminhá-lo à delegacia. Em resposta aos acontecimentos, a assessoria de Allan justificou o boletim e negou qualquer invasão ou violência física.>
Antes do divórcio, em novembro de 2024, Allan morava na casa, e decidiu sair por conta própria. No entanto, o processo do divórcio segue muito lento, mesclando acusações de invasão, violência doméstica e patrimonial e ameaças. >
De acordo com o relatado por Jordana, ela está em uma fase de reorganização financeira, após a demissão de funcionários pelo "endurecimento" do jogador em relação às despesas dos filhos e da ex-esposa. A principal situação seria a dívida criada com a matrícula da escolinha de natação do filho mais velho dos dois, além da compra não realizada dos materiais escolares do menino. >
As dívidas são, inclusive, mais antigas, se unindo a mensalidades atrasadas cobradas ao jogador, que recebe cerca de um milhão mensal no Flamengo. >