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Marina Branco
Publicado em 22 de novembro de 2024 às 14:17
Com a renovação do contrato, Pep Guardiola seguirá no comando do Manchester City pelo menos até 2027, e o clima na Inglaterra agora é de lealdade. Em risco de rebaixamento por punição, Guardiola afirmou que não deixará o clube nem mesmo rebaixado.
“Eu disse que quando todos os clubes nos acusaram de fazer algo errado e as pessoas disseram: "o que acontece se formos rebaixados?". Eu estarei aqui”, foi o posicionamento do técnico espanhol frente os riscos do “julgamento do século”.
Atualmente, o City trava uma batalha judicial contra a Premier League, e se culpado, perderá pontos suficientes para cair de divisão. No contrato do treinador, não há cláusula de rescisão em caso de rebaixamento, que o permitiria sair do clube gratuitamente.
A situação é decorrente de acusações de violações financeiras por parte do City, entre os anos de 2009 e 2019. Além do rebaixamento, também é possível que a definição do time como culpado o tire títulos.
“Não sei a posição que eles vão nos dar, a Conference League? Ano que vem vamos subir e subir e voltar para a Premier League. Eu sabia disso naquela época, sinto isso agora”, afirmou.
Para Guardiola, as chances de estar no time são maiores se o City estiver na League One, a terceira divisão inglesa, do que na Champions League, onde precisaria menos dele. O técnico afirma que seu “futuro não depende de estar na Premier League”.
“No momento, somos inocentes até que a culpa seja provada. Eu sei que as pessoas querem isso. Eu sei, eu sinto isso. Eu vou esperar. Esperar e ver e depois que a sentença for feita, nós viremos aqui e explicaremos isso”, defendeu em entrevista no ano passado.
A decisão final do processo deve sair entre março e junho de 2025. No processo, as principais infrações do City teriam sido falta de precisão em informações sobre as receitas do clube e patrocínios, além dos custos operacionais.
Também estão sob investigação violações no detalhamento do pagamento a técnicos de 2009 a 2013, época em que o time era treinado por Roberto Mancini. Outras acusações fazem referência à remuneração de jogadores entre 2010 e 2016, além de violações de regras de sustentabilidade da Premier League, e do licenciamento da Uefa.
A punição mais extrema à qual o City está sujeito é uma possível expulsão da Premier League.