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Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2024 às 14:24
Após ser superado dentro de casa para o Botafogo na noite desta quinta-feira (11), o técnico Thiago Carpini concedeu entrevista coletiva no Barradão e falou sobre o jogo do Campeonato Brasileiro, válido pela 16ª rodada. Para ele, o resultado final poderia ter sido diferente pelo desempenho de ambos os times.
“Jogo igual em vários aspectos, com oportunidades para as duas equipes. O jogo se desenhou para quem abrisse o placar, difícil ter uma virada. Em alguns momentos o Vitória foi melhor, em outros o Botafogo foi melhor. A trave foi nossa amiga no último jogo, hoje jogou contra. Não quero entrar no mérito da arbitragem, mas hoje foi determinante para o resultado. O lance do Everaldo, no final, lance de 1 x 1 para entrar na área era lance para segundo amarelo. Durante todo o segundo tempo o jogo não fluiu. É complicado. A falta de respeito que os árbitros tratam os profissionais é lamentável. Mas nada vai mudar. Não vou me alongar nisso. Quero enaltecer a entrega dos atletas. Chegamos ao fim de uma sequência dura e estamos fora do Z-4, o que é importante no aspecto emocional”, iniciou.
"Acho que o empate seria mais justo. Mas página virada, vamos fortalecer o grupo, recuperar jogadores do DM e seguir a preparação para enfrentar o Fortaleza", complementou.
Após Eduardo perder um pênalti para o Botafogo, a equipe carioca sentiu e o cenário dentro da partida caminhava para uma melhora do Vitória. No entanto, o torcedor do Leão foi pego de surpresa com um erro de Willean Lepo na saída de bola, que resultou no gol marcado por Savarino. Sobre a falha do lateral direito, que continuou improvisado como zagueiro, o treinador do Leão assumiu a responsabilidade.
“O Lepo não erra sozinho. Assumimos toda a responsabilidade. No meu primeiro jogo me criticaram porque escalei Bruno Uvini. Ele bem fisicamente e bem clinicamente. Hoje ele se encontra em um momento em que volta de transição há mais de 30 dias sem jogar. O Lepo fez dois grandes jogos naquele setor. Se o Lepo vai bem, ninguém fala nada. Se o Lepo erra, perguntam por que não joga o Bruno Uvini. Ele está há um mês sem jogar. São opiniões e eu respeito”, respondeu.
Agora, depois de uma sequência pesada de partidas, Carpini vai poder contar com mais dias de descanso para preparar o Vitória para a próxima rodada. O Leão só volta a campo na próxima quarta-feira (17), quando enfrentará o Fortaleza, no Castelão, pela 17ª rodada da Série A. A bola rola a partir das 21h30.
Sobre o próximo compromisso, o treinador destacou o bom rendimento da equipe fora de Salvador. “Pensar jogo a jogo. Fizemos bons jogos fora de casa, como foi Fluminense, como foi Cuiabá e Juventude. A gente valoriza cada ponto, cada conquista e entrega. Temos uma sequência dura, como sempre é no Brasileiro. Precisamos recuperar mentalmente, recuperar fisicamente para voltar zerado para essa nova sequência que começa contra o Fortaleza”, disse.
Dudu
“Eu usei os três volantes, como uso há um bom tempo. O Dudu foi uma opção minha. Os problemas internos a gente trata internamente. É a terceira vez que a gente está falando do Dudu. É o Vitória e depois o Dudu. A gente está dando muita importância. Eu não levei o Dudu, e enquanto não mudar o comportamento eu não vou levar. Enquanto eu estiver aqui, o Dudu vai ser sempre respeitado, mas precisa entregar o que a gente espera dele. O Dudu está fora desse jogo, o próximo eu não sei o que vou fazer. Mas não vou mais falar do Dudu”.
Daniel Jr.
“É opção minha. Quando ele chegou eu não estava aqui. No meu primeiro jogo eu dei oportunidade, ele entrou e fez gol. No segundo jogo foi titular e não foi bem. Depois, passou por duas lesões e foi para o final da fila. O Matheusinho, na minha opinião, está melhor que ele. O Jean Mota tem entrado bem. Ele tem que esperar a vez dele. Quando ele tiver oportunidade, ele mostra e vai ter mais minutagem. O fato de ter feito esforço, de estar ou não estar, para mim pouco importa”.
Everaldo
“A questão do atacante, por mais que estava um tempo fora, é diferente do comportamento dele para o do zagueiro. Ele pode criar uma situação de gol em uma jogada esporádica. Ele não precisa ser constante. O atacante resolve o jogo em uma jogada, e o zagueiro entrega o jogo em uma jogada. Uma posição de muita constância no jogo. O Osvaldo veio para nos ajudar. Ele só estava no banco como figurante, como um cara que é uma referência. Ele não tinha condições de jogo. A partir de amanhã ele começa a treinar com o grupo e nas próximas partidas reúne condição. Hoje não tinha”.
Dobra na lateral esquerda
“A gente precisa avaliar outras questões. Física, quem a gente tem de retorno para os próximos jogos. Vamos pensar primeiro no Fortaleza, acompanhar o material que a equipe prepara. É uma equipe difícil de se jogar. Vamos pensar no plano de jogo levando em conta esses aspectos físicos e clínicos”.
Chateado com o que?
“Acho que o que aconteceu todo mundo viu. Não vi falta no primeiro gol, acho que no mínimo podia checar no VAR. Se é ao contrário, acho que a gente percebe… não vou falar besteira aqui. O Alerrandro fez a falta, mas também poderia ter checado o lance. No lance do Everaldo acho que cabia um amarelo, que seria o segundo. A maneira como a arbitragem direciona ao pessoal, nós não somos inimigos. A gente também passa do ponto, eu não peço por favor, mas não falto com respeito. A maneira como o quarto árbitro falou me chateou muito. E claro que o resultado também, mas é bom pontuar que a gente vem em uma crescente, mais uma rodada que ficamos fora do Z-4”.
Erros de passe e contratações
“A gente quer minimizar os erros, caprichar nos detalhes. Entrou o passe em uma situação que a gente trabalhou muito. Os erros vamos minimizar com trabalho, com tempo para descansar. Algumas coisas dentro do jogo, como tomada de decisão do atleta, a gente não controla. Sobre os reforços, temos trabalhado e intensificado as buscas. Coloquei alguns nomes, o Ítalo pode falar melhor porque é quem conduz a negociação. A gente divide responsabilidade. Não adianta buscar um culpado, é um processo”.
Jogadores do Itabuna
“Podem ser usados. A gente não tem tempo de ser gradativo. O restante da formação do jogador é jogando. Hoje o Fábio teve oportunidade de jogar mais uma vez. Os erros são da idade. A gente está aqui para ajudar. Para um jogo de Série A ainda falta maturidade, vivência, jogo. E só vai ter isso jogando. No nosso momento, não temos tempo para oferecer. Se eu tiver oportunidade de colocar, vou colocar. Eles inclusive estão treinando muito bem. Acho que é assim que vamos formar novos talentos”.