Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Alan Pinheiro
Publicado em 30 de outubro de 2024 às 05:00
A jornada do Vitória no Campeonato Brasileiro está sendo uma montanha-russa de emoções para o torcedor. De um fim de primeiro turno com baixo aproveitamento à recuperação no returno, o Leão segue vivo na luta contra o rebaixamento.
Os dois resultados positivos diante do Red Bull Bragantino e Fluminense contribuíram para que os comandados de Thiago Carpini chegassem à 32ª rodada da Série A com a 6ª melhor campanha na segunda metade da competição e chances reais de permanecer na elite nacional. O desempenho nos confrontos em casa deixou o rubro-negro baiano com 35 pontos, na 14ª colocação.
Com a pontuação atual, o Vitória precisaria somar mais 10 para chegar aos 45, um número de segurança para se manter na primeira divisão. De acordo com os cálculos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a equipe que chegar ao fim das 38 rodadas com 45 pontos tem somente 1,4% de chance de cair. Se terminar com 44, a probabilidade é de 8% e, com 43, de 25%.
Faltando sete partidas para o fim, o Leão ainda tem 21 pontos em disputa. Ou seja, vai precisar de um aproveitamento de 47,6% para alcançar o objetivo final. A marca é considerada possível - afinal, o time tem um desempenho no returno maior do que o necessário. Com seis vitórias, dois empates e quatro derrotas, o rendimento é de 55,6%.
Como o próprio Carpini já citou em coletivas, o cenário de sua chegada ao clube foi desfavorável para o trabalho ser desenvolvido. Problemas no extracampo, início do Brasileirão com um ponto conquistado em 15 disputados e um elenco curto foram desafios encarados ao longo do primeiro turno.
Dessa forma, a metade inicial da competição terminou com o Vitória conseguindo somar apenas 15 pontos dos 57 possíveis. Ou seja, um aproveitamento de 26,3%. Com o baixo rendimento, o Leão fechou o turno com 66,2% de chance de rebaixamento.
Mas a recuperação na competição deixou a torcida confiante de que terá um final feliz. Graças à campanha no returno, a probabilidade de rebaixamento despencou para 28,8%. Neste momento, quatro equipes possuem chances maiores de queda: Atlético-GO (99%), Cuiabá (97%), Juventude (44%) e Red Bull Bragantino (39%).
Apesar da reviravolta no Campeonato Brasileiro, Thiago Carpini rejeitou pensar em algo além da permanência. “A gente nem fala em Sul-Americana. Ainda é um sonho muito distante. Temos sete jogos, 21 pontos em disputa e muita coisa vai acontecer. Não dá para falar de Sul-Americana, até porque os 35 pontos não nos garantem na Série A. Hoje já ficou para trás, o Fluminense é história para contar. Enfrentamos uma grande equipe, mas agora é o Athletico-PR. Começar a se preparar para que a gente possa escolher o que tiver de melhor para o jogo de sábado”, disse.
Momentos opostos
O Vitória agora se prepara para um novo confronto direto na luta contra a degola. Neste sábado (2), às 18h30, o Leão encara o Athletico-PR, na Ligga Arena, em Curitiba, pela 32ª rodada do Brasileirão.
Separadas por um ponto na tabela de classificação, as duas equipes possuem campanhas opostas na competição. Enquanto os baianos começaram mal o primeiro turno - e reagiram na reta final -, o Furacão iniciou a Série A brigando pela liderança. Mas, apesar dos 25 pontos nos primeiros 19 jogos, a queda de rendimento do Athletico-PR foi escalonando até as mais recentes rodadas, quando entrou de vez na luta contra a degola. Considerando apenas o returno, o clube tem o terceiro pior aproveitamento no recorte, com apenas nove pontos conquistados. São duas vitórias, três empates e sete derrotas nos 12 duelos.
Antes do triunfo diante do Cruzeiro, no último sábado, o time ficou três meses sem conseguir comemorar um resultado positivo na Série A. Neste período, perdeu sete partidas e empatou outras três.