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Alan Pinheiro
Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 03:00
O ano de 2024 foi longo para o Vitória, mas ao fim de uma temporada desgastante, o torcedor do Leão termina o ano com um sentimento positivo. Começando a temporada com a base que ganhou a Série B, o time titular rubro-negro foi sendo modificado no decorrer das competições e novos jogadores foram ganhando protagonismo. Veja o balanço de cada posição do time:
Titular na campanha do título da Série B em 2023, Lucas Arcanjo continuou como o nome do projeto na volta à elite. Formado nas categorias de base do Leão, Arcanjo entrou em campo 50 vezes durante o ano, o que representa 82% dos jogos disputados pelo Vitória. Apesar de oscilar, terminou a temporada mais uma vez com importância para a equipe.
O reserva mais utilizado na posição foi Muriel, que teve a missão de substituir Arcanjo em 10 jogos durante o ano. Um deles, inclusive, foi o primeiro clássico Ba-Vi. Na ocasião, o rubro-negro venceu por 3x2 no Barradão. Apesar de ter sua contratação criticada, não prejudicou enquanto esteve em campo.
Maycon Cleiton jogou apenas na derrota para a Juazeirense, pela Copa do Nordeste. À época, o Vitória foi superado fora de casa: 2x0. O goleiro deixou o Leão rumo ao Ceará durante a temporada.
Na direita, a disputa variou em cada momento. Capitão da equipe, Zeca iniciou o ano como nome certo na posição. O lateral foi peça importante na conquista do Campeonato Baiano, mas perdeu espaço no início do Brasileirão após queda de rendimento.
Com a chegada de Carpini, Willean Lepo tomou a posição para si e se tornou o lateral direito com mais partidas pelo Leão no Campeonato Brasileiro deste ano. Foram 28 disputadas com a camisa rubro-negra, sendo que precisou compor a zaga em momentos da competição.
Com a lesão de Lepo, o paraguaio Raúl Cáceres aproveitou a oportunidade e se estabeleceu como o titular do setor. O jogador evoluiu junto ao time e contribuiu com três assistências no campeonato, se tornando o lateral direito com mais participações diretas em gols da equipe no torneio.
Em contrapartida, o lado esquerdo contou com a disputa de apenas dois jogadores. No primeiro semestre, PK assumiu a titularidade e foi importante para o Vitória no período. Entretanto, lesões e quedas no rendimento deram espaço para Lucas Esteves ocupar o posto e não sair mais.
O jovem lateral de 24 anos foi um dos jogadores mais regulares defensivamente do Leão na Série A, além de contribuir com um gol e quatro assistências na competição.
Wagner Leonardo e Camutanga é a dupla de zaga mais celebrada pelos torcedores rubro-negros nos últimos anos. Assim como a base da Série B, eles iniciaram a temporada em alta, mas a lesão do camisa 13 abalou a defesa do Leão. Wagner se tornou capitão e jogador mais regular da equipe durante o ano.
No lugar de Camutanga, Bruno Uvini, Reynaldo e Caio Vinícius improvisado tentaram substituir, mas não tiveram sucesso. A zaga só voltou a se estabilizar com as chegadas de Neris e Edu. Os dois encaixaram na equipe e terminaram o ano em alta.
Considerados titulares pelo desempenho na Série B do ano passado, Rodrigo Andrade e Dudu começaram a temporada como nomes certos na escalação do Vitória comandado por Léo Condé. Os dois continuaram importantes na conquista do Baianão, mas logo perderam espaço na Série A do Brasileiro com a chegada de Carpini.
Sem a dupla, o atual técnico instituiu um esquema com três volantes durante grande parte da competição. Luan Santos, Filipe Machado, Ricardo Ryller e Willian Oliveira revezaram entre as funções. Todos ajudaram o Leão, cada um com suas características. Willian, inclusive, chegou a ser o artilheiro da Série A na 10ª rodada. Na época, o volante tinha cinco gols na competição.
Entre os meias, uma unanimidade. Matheuzinho foi o dono da posição. Apesar de titular no ano anterior, foi na atual temporada que o jogador chegou ao seu auge, sendo peça fundamental na campanha de recuperação na Série A. Considerando todo o ano, foram seis gols marcados e 10 assistências.
Contratado sob expectativa da torcida, o meia Jean Mota não conseguiu desempenhar com a camisa rubro-negra e terminou a temporada sem sequer ser utilizado por Thiago Carpini. Quando Matheuzinho não podia jogar, Pablo ocupava a posição ou o sistema era modificado.
Seis nomes alternaram entre as duas pontas em 2024: Osvaldo, Everaldo, Gustavo Mosquito, Carlos Eduardo, Zé Hugo e Matheus Gonçalves. Destes, somente o último não teve importância na primeira divisão.
Zé Hugo e Mosquito terminaram a temporada como importantes para a campanha, mas não conseguiram se consolidar como titulares absolutos. Os dois pontas tiveram três participações diretas em gols, enquanto Osvaldo, Everaldo e Carlos Eduardo tiveram duas.
No ano, foi Osvaldo quem mais teve importância para o Leão. O atacante de 37 anos foi o responsável por marcar oito gols e contribuir com uma assistência. Apesar da idade, a velocidade do jogador e os tentos anotados em clássicos foram essenciais para o Vitória. Osvaldo, no entanto, precisou dar adeus à temporada precocemente após ser diagnosticado com um quadro de tromboembolismo pulmonar.
Contratado no início da temporada para ser o “homem gol”, Alerrandro correspondeu às expectativas durante todo o ano. Foram 28 participações diretas em gols na temporada, sendo 21 marcados e sete assistências. O jogador contribuiu em todas as competições que o Vitória disputou na temporada. Apesar do jejum no início da Série A, terminou o torneio como artilheiro.
Com a oscilação e o peso de ser a contratação mais cara do clube no ano, Janderson alternou entre ponta e centroavante e foi o segundo que mais participou de gols na posição. O camisa 39 marcou três vezes e deu um passe para gol na primeira divisão. Iury Castilho, Luiz Adriano e Caio Dantas ocuparam o posto de “camisa nove”, mas não deixaram saudade.