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Diniz revela conversas com Neymar: 'Talento muito raro do futebol'

Técnico disse que camisa 10 está "muito disposto" para trabalhar junto com a nova comissão técnica na Seleção

  • D
  • Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2023 às 15:27

Neymar retorna à Seleção Brasileira após se recuperar de lesão
Neymar retorna à Seleção Brasileira após se recuperar de lesão Crédito: Lucas Figueiredo/CBF

O técnico Fernando Diniz convocou pela primeira vez a Seleção Brasileira nesta sexta-feira (18). Um dos nomes presentes na lista foi do atacante Neymar, anunciado nesta semana pelo Al-Hilal, da Arábia Saudita. O treinador revelou que conversou com o camisa 10 antes da convocação e viu o jogador "muito disposto" para voltar à Amarelinha. Vale lembrar que, após a eliminação na Copa do Mundo do Catar, o atacante havia deixado seu futuro na equipe em aberto.

"De fato, o Neymar externou todas essas coisas, tanto o desejo de a gente trabalhar junto e lá no início a vontade de repensar a participação dele na seleção. Conversei com ele recentemente e ele se mostrou muito disposto, extremamente feliz pela oportunidade de a gente construir uma história na aqui na Seleção", comentou Diniz, em entrevista coletiva.

"Eu, em princípio, fazendo o trabalho o melhor possível, tenho contrato de um ano. Mas o Neymar quer ficar e ajudar a Seleção. O que eu tenho para falar da minha conversa com ele é isso", completou.

Neymar não era chamado para a Seleção desde a Copa do Mundo, em novembro do ano passado. Ele se recuperava de uma grave lesão no tornozelo em fevereiro e não esteve disponível nas duas últimas Datas Fifa. Ficou fora de ação até este mês, quando retornou em um amistoso do Paris Saint-Germain, antes de ser anunciado pelo Al-Hilal. 

"Vocês já sabem o que penso em relação a ele, mas vou repetir: é um jogador que é muito difícil aparecer outro. Um talento muito raro do futebol mundial e merece até o final de sua carreira, pelo imenso talento que ele tem, escrever o capítulo mais bonito da sua história. Que pra mim ainda não foi escrito", completou.

Diniz também comentou sobre a presença de jogadores do futebol saudita, nova sensação mundial, em sua lista. Além de Neymar, outro atleta convocado se transferiu recentemente para a Arábia Saudita: o zagueiro Ibañez, que deixou a Roma e foi para o Al-Ahli. É a primeira vez na história que o país emplaca representantes na seleção brasileira.

Com a dupla, a liga saudita teve o mesmo número de representantes na convocação de Diniz que a Espanha. O país com mais jogadores foi a Inglaterra, com dez, seguido de Brasil e França, com quatro cada. Já a Itália teve um:

  • Inglaterra, com 10: Alisson, Ederson, Gabriel Magalhães, Bruno Guimarães, Casemiro, Joelinton, Antony, Gabriel Martinelli, Matheus Cunha e Richarlison
  • França, com 4: Vanderson, Caio Henrique, Renan Lodi e Marquinhos
  • Brasil, com 4: Bento, Nino, André e Raphael Veiga
  • Espanha, com 2: Rodrygo e Vini Jr
  • Arábia Saudita, com 2: Ibañez e Neymar
  • Itália, com 1: Danilo

"É uma novidade para o mundo do futebol essa inserção da Arábia Saudita. Na aquisição de jogadores com idade para ainda estar na Europa. Passaremos a olhar. Não sabemos como será para frente. É o desempenho deles que vai dizer. E quando eles forem convocados, como vão desempenhar dentro da seleção", comentou Diniz.

O técnico ainda foi questionado se a presença de atletas considerados 'selecionáveis' no nada tradicional futebol árabe preocupava. Alex Telles, Fabinho, Malcom e Firmino, que já estiveram presentes em outras convocações, também chegaram recentemente na Arábia Saudita. 

"Em princípio, a gente não sabe o que vai acontecer. Quando não se sabe o que vai acontecer, gera preocupação. Tomara que eles consigam estruturar a liga e seja competitiva. O fato de levar jogadores já torna mais competitiva, mas isso não faz ela se tornar competitiva automaticamente", afirmou.

"Em relação ao Neymar, tivemos uma conversa. Obviamente que a competitividade da Europa é uma e a Arábia Saudita pode ser outra. Não sabemos como vai ser. O Neymar está com muita vontade de escrever essas páginas bonitas que faltam na história dele como jogador. Essa vontade será capaz de superar qualquer dificuldade em relação à competitividade da Arábia Saudita em relação ao futebol europeu", seguiu.

A estreia de Diniz será no dia 8 de setembro, quando o Brasil encara a Bolívia, no Mangueirão, em Belém. Na sequência, a equipe visita o Peru, no dia 12 de setembro, em Lima.

Veja outros trechos da entrevista de Fernando Diniz:

Ausência de jogadores do Botafogo, líder do Brasileirão

Obviamente que o Botafogo tem muito mérito de estar onde estar. A gente olhou ao Botafogo, mas não quer dizer que tenhamos que convocar um jogador porque o time está em primeiro no campeonato. O critério não é onde os times estão posicionados na tabela de classificação.

Primeiros adversários

Não tenho essa preocupação. E também não considero a Bolívia uma equipe fraca. Não faço isso com nenhum adversário. Vou procurar fazer com o Brasil o melhor que pudermos. Isso que procuraremos fazer nos jogos contra Bolívia e Peru.

Ausência de jogadores do Flamengo

Concordo que o Flamengo tem o maior investimento do país. Mas pelo critério que tomamos, é o mesmo da resposta do Botafogo. Tiveram jogadores do Flamengo numa lista mais larga. Mas definimos esta lista como a mais adequada.

Realização de um sonho

Eu acho que este sonho, eu vivia isso em todos os momentos da minha carreira. Sempre estive em um sonho mesmo no Audax ou no Fluminense. Quero me entregar de maneira total para ajudar os jogadores. É o sentimento de estar e ser um membro da seleção brasileira.

Trabalho na Seleção

Vou dar sequência àquilo que penso sobre futebol. Com o aditivo de ter a melhor matéria-prima do mundo. É um sonho para mim. Vai ser muito rico para o meu crescimento estar aqui. A chance disso dar certo é muito grande. Tenho uma relação muito forte com os jogadores. A minha vida na seleção passa pelo desejo dos jogadores. É uma continuidade daquilo que tenho feito na minha carreira. Procurar fazer um jogo competitivo, que tenha estética e beleza. Que tenha a ver com as nossas raízes da maneira brasileira de jogar futebol.

Forma de jogar

Eu acho que o que eu vou fazer é o que sempre fiz quando chego nos clubes. Tentar colocar as ideias uma de cada vez. Paulatinamente o time vai entendendo o que eu quero. A qualidade técnica que temos é sensacional. Os jogadores têm o hábito de jogar, quase sempre, de uma maneira posicional, diferente do que eu gosto. Mas acredito que vão se adaptar rapidamente.

Convocações de Bento e Caio Henrique

Bento tem a ver com a idade. Vem se destacando. E a experiência de aproximá-lo da seleção brasileira. Caio Henrique se destaca no Monaco. Já estava no radar da última Copa do Mundo. Por isso foi convocado.

Diferença do futebol brasileiro e europeu

É uma discussão que já falei algumas vezes. O fluxo de caixa determina várias coisas. Porque o futebol europeu leva vantagem? Uma das coisas é o dinheiro. Com o dinheiro, você monta estrutura, leva os treinadores mais competentes e os melhores jogadores. Com isso e o aditivo do clima frio, que faz o jogo ser mais acelerado, vai ter diferença. Se o Liverpool quiser um jogador do Fluminense, ele vai tentar. O Fluminense nunca vai poder ter um jogador do Liverpool. Mas acredito que o futebol brasileiro tem evoluído ano a ano. Mas existe essa desproporção.