Destaque nos Ba-Vis, Thaciano é uma das armas do Bahia para ser campeão

Agora no ataque, coringa marcou dois gols em três jogos contra o Vitória

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 5 de abril de 2024 às 05:05

Thaciano
Thaciano assumiu o papel de falso 9 do Bahia e tem mostrado o faro artilheiro Crédito: Tiago Caldas/EC Bahia

No próximo domingo (7), às 16h, o Bahia tem uma missão: conquistar o 51º título do Campeonato Baiano e ampliar a hegemonia no estadual. Alcançar o objetivo, no entanto, não será fácil, já que o tricolor perdeu o jogo de ida por 3x2 e terá que vencer por pelo menos dois gols de diferença para levantar a taça no tempo normal na Fonte Nova. Precisando mais do que nunca do poder de ataque, um certo coringa pode ser a arma do Esquadrão.

Firmado por Rogério Ceni na função de falso 9, Thaciano chega em alta como um dos trunfos do Bahia para desbancar o rubro-negro. O retrospecto do camisa 16 contra o maior rival, aliás, é positivo. Nos três clássicos disputados esse ano, ele balançou as redes duas vezes.

Curiosamente, os dois gols foram marcados no Barradão. No primeiro Ba-Vi do ano, ainda pela fase de grupos do Baianão, Thaciano aproveitou o passe de Everaldo e encobriu Muriel para empatar o duelo em 1x1. Já no último encontro com o Leão, pela partida de ida da final, ele foi o responsável por abrir o placar para o tricolor.

Não é novidade que Thaciano ativou o modo artilheiro em 2024. Na atual temporada, o jogador marcou seis gols e deu três assistências em 16 compromissos. Para efeito de comparação, ele já igualou o melhor desempenho pelo Bahia, conquistado no ano passado, quando precisou de 35 jogos para anotar os mesmos seis tentos.

A temporada mais artilheira do coringa, aliás, foi em 2017, quando marcou 10 gols em 27 partidas pelo Boa Esporte.

Volante de origem, desde os tempos do Grêmio que o jogador costuma fazer outras funções, atuando mais avançado no meio-campo, na lateral direita e, agora, no ataque. O desempenho e disposição fizeram o camisa 16 receber elogios de Rogério Ceni.

“O Thaciano não é o cara que dribla, não é o cara que mais salta, mas é o cara que melhor reúne todos os aspectos. É o cara que é nota sete em tudo. Reúne várias características e precisa ser muito valorizado. Quando eu preciso dele aberto, ele faz; de pé trocado, ele faz. É um jogador muito útil. Faz todas as coisas bem. E o principal, ajuda na hora de marcar. Nunca se entrega. Ele só sai quando está já sem condições. E está em um ano muito especial. Talvez seja nossa principal peça”, analisou o treinador.

PARCEIRO

Enquanto Thaciano está confirmado no ataque, o seu parceiro no segundo Ba-Vi da final ainda não está tão definido. A tendência é a de que Luciano Juba seja mantido no time. O meia-atacante fez uma boa partida no Barradão e foi destacado por Rogério Ceni.

Em boa parte da temporada, o treinador escalou Everaldo junto com Thaciano. Mas o camisa 9 está machucado e é dúvida para a final. Ontem, o atacante não foi para o campo com os outros atletas e ficou em tratamento entre a academia e a fisioterapia.

Para o setor, o Bahia conta ainda com Biel e Ademir como opções de velocidade. Centroavante de origem, o colombiano Oscar Estupiñan corre por fora na disputa.

Independente de quem vai jogar, o ataque é um ponto positivo do Esquadrão na temporada. O tricolor é o dono do melhor ataque do Baianão, com 30 gols marcados.

Levando em consideração a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil, o desempenho sobe para 47 bolas nas redes em 22 jogos, o que representa média de 2,13 gols por duelo.