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Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2024 às 16:40
A chegada de Thiago Carpini ao Vitória renovou a esperança de Daniel Jr. por dias melhores no Vitória. Pouco aproveitado por Léo Condé, o meia chegou a ficar fora dos relacionados para enfrentar o Vasco - o último jogo do então técnico à frente do rubro-negro. Agora, o cenário é outro, e o jogador se vê até na briga pela titularidade na Toca do Leão.
A primeira chance com Carpini veio ainda na estreia do novo treinador, diante do Botafogo. Ao entrar no lugar de Matheuzinho, Daniel Jr. deu mais movimentação e velocidade à equipe vermelha e preta. E ainda marcou o único gol rubro-negro do duelo, já na reta final do segundo tempo. A partida, porém, terminou com derrota do Vitória e consequente eliminação na Copa do Brasil.
Apesar do resultado negativo, o meia foi bastante elogiado por sua atuação. Assim, vive a expectativa de, enfim, ganhar sua primeira sequência no Leão.
"Sobre ser titular, é opção do treinador. Com o professor chegando agora, vou ter mais oportunidades. Com o Léo, não tive muitas oportunidades, mas também aprendi muito com ele. É só ter calma. Não tenho problema físico. Quando tiver sequência, vai ganhando e se adaptando. É deixar o treinador decidir", disse o meia, em entrevista coletiva nesta terça-feira (28).
"Tem coisas que fogem do nosso controle. No futebol, não depende só da gente. É um todo, equipe, treinador. Envolve muitas coisas. Na hora certa, as coisas vão acontecer naturalmente. É só ter calma, continuar trabalhando firme, para que isso possa acontecer em breve", completou.
O nome de Daniel Jr., aliás, vem sendo um dos mais pedidos pela torcida, até por toda a novela envolvendo sua contratação. No início do ano, ele foi epicentro de um imbróglio envolvendo Cruzeiro, Coritiba e o próprio Vitória. O meia tinha contrato com o clube mineiro, que chegou a firmar um acordo com o Coxa pelo jogador. Mas, no fim, foi comprado em definitivo pelo Leão.
"Muito importante ter o carinho da torcida, saber que você é querido pelo clube, pela torcida. É levar isso mais leve possível, não deixar isso me afetar de alguma forma negativa. É ter calma, tranquilidade e sempre que entrar, fazer o meu melhor", comentou.
Durante a era Léo Condé, porém, Daniel Jr. teve poucas chances. Disputou apenas oito partidas sob o comando do treinador, sendo somente uma como titular: contra o Itabuna, no dia 3 de março, ainda pela primeira fase do Campeonato Baiano. Apesar das oportunidades escassas até aqui, o meia conseguiu balançar as redes três vezes pelo Leão. Está a um gol de igualar a temporada 2022, seu ano mais artilheiro em um time profissional.
"Eu busco alcançar essa marca, é uma meta pessoal minha. A gente tem metas para o ano, e essa é uma delas", afirmou o meia, que ainda se colocou à disposição para atuar como atacante de beirada.
"Acho que ali na frente eu me adapto muito bem. Em todas as posições. O que menos faço é centroavante. Extremo pela beirada, pelo lado esquerdo ou direito, tenho condições sim de jogar. Fiz boas jogadas contra o Botafogo. Acabou resultando em gol uma delas", afirmou.
Evolução
Antes do jogo contra o Botafogo, o técnico Thiago Carpini já tinha sido perguntado sobre Daniel Jr. E, apesar de dizer que ele tinha "se comportado bem", apontou que o meia precisava evoluir defensivamente, principalmente sem a bola. "Talvez sejam esses detalhes que faltem para um melhor aproveitamento e o fato dele ter mais oportunidades", disse o treinador, na semana passada.
Nesta terça-feira (28), Daniel foi questionado se teria conversado com o comandante sobre o tema. O meia confirmou, e assumiu que a marcação não é seu "forte". Mas se mostrou disposto a evoluir no fundamento.
"Sim, conversamos já. Nos treinamentos, ele me posiciona, mostra onde eu devo estar em certas situações do jogo. Acho que isso é com o tempo também, ele chegou agora, está mostrando a sua filosofia de trabalho, o jeito como gosta que a gente se comporte dentro de campo. Com o tempo, isso vai melhorando naturalmente", avaliou.
"Não é o meu ponto forte a marcação. Cada jogador tem sua característica. Eu nunca vou marcar igual o Dudu, são características totalmente diferentes. Mas vou desempenhar o meu máximo, dar meu máximo para melhorar a marcação e entregar o que o professor quer", completou.